O SAPATO

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                        O SAPATO – UMA CRÔNICA REPUBLICANA

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

 Cristina sempre foi alegre, ou melhor alienada. A culpa não era dela. Claro que não.

 Fez uma graduação, e achava chique assistir à Globo News. Ler? Nem pensar. Bastavam às indicações fragmentárias da universidade (empresarial) e pronto. Já estava bem apta a ser a massa de manobra certa para ocupar o nicho intermediário de poder. Mal sabia que o nicho que ela passou a ocupar ficava na base da pirâmide.

 Logo conheceu Leonardo, namorou, noivou e casou. Teve 4 filhos. Nossa! Que coragem, dizia Francisco, um de seus tios por parte de mãe. Ele nada sabia sobre a "sobrevida brasileira", ele era sócio em uma empresa do ramo alimentar, e estava bem, retroalimentava bem o sistema econômico. Quando a sobrinha pedagoga começou a se tornar integrante da classe dita média, foi estrategicamente ao se unir ao doutor Leonardo, como ele gostava de ser chamado; apesar de não ter ainda a tal cobiçada titulação, ele era bacharel em direito, mas também professor de estatística.

 A moça foi exercer o cargo de professora em um Colégio particular, e ao ser mandada embora, já tinha Marcos, Alice, Edgar e Marcelo. Foi barra, e até hoje o é. Ela passa fome neste bRAZIL com z, neocolonial cheio de morismos, bolsonarismos e outros ismos que enriquecem os bolsos da elite do atraso. Ela não sabia onde ficava Dubai, só sabia que "gente muito séria e do bem" foi lá para resolver os problemas da sua "nação". E que a diária do Hotel girava entre 50.000 e 100 mil reais...e o que tinha isso demais, a eleição de 2018, foi para varrer a corrupção do Brasil, ela balbuciou...entre risos.

 Ela está na faixa dos sessenta, e em um de seus aniversários do século XXI, ela desejou comprar um sapato novo, que viu na maior máquina de exclusão de todos os tempos: a Internet. Se ela conseguiu? Não. Ela chegou a imprimir o boleto, já que não tinha poder de compra para ter o totem do cartão de crédito (não cabia em seu orçamento). Mas tudo foi em vão, foi apenas um pueril sonho...que logo se desvaneceu.

 Afinal, o sapato custava 150,00. E nossa Cristina... precisava comer, nem que fossem ossos assados....

 

                                      

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 14/11/2021
Reeditado em 15/11/2021
Código do texto: T7385346
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.