Se eu morrer tu chorarás?
Quase ninguém gosta de falar da morte, em sua maioria, por medo de atraí-la. Também não gosto, prefiro falar de temas mais interessantes, mas não deixa de ser instigante, especialmente, quando os nossos amigos partem sem se despedir e, nestesúltimos dias, diante da comoção nacional pela morte prematuras de pessoas famosas e anônimas, eu comecei a pensar sobre, mas não vou repetir que a vida é um sopro, pois é chover no molhado.
Prefiro falar de uma pergunta que me foi feita por Mozaniel Almeida, numa data memorável no Encontro do Rios, em Teresina. Ele me perguntou: se eu morrer tu chorarás por mim? Respondi de acordo com minha visão de mundo, pois considero que nosso “instante” por aqui é só “uma passagem”, não importa quando se vai morrer, pois é uma certeza, o que importa mesmo é como se vive. Então, respondi: chorarei, se eu souber que eras infeliz.
Pensando aqui com meus botões, chego à conclusão que, quando alguém morre infeliz é uma morte muito triste! E nesse caso, eu choro por tudo que aquela pessoa não viveu, pela felicidade que deixou de sentir, pelos amores e alegrias que renunciou porque não se deu para vida, pois como dizia o poeta, quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu. E eu sei que a vida é só "um instante"! Quem o deixar passar, é digno de choro.