A ESTUPIDEZ COMO OPÇÃO

Os governos brasileiros se sucedem, mas seja por incapacidade, por crenças ideológicas ultrapassadas, por má fé, por burrice, ou por tudo isso junto, incluindo também as instituições representativas em geral, não têm a capacidade de observar que existe um fenômeno natural e permanente, que incide sobre tudo e sobre todos, que se chama evolução.

A evolução não admite a sua inobservância, sob pena de cobrar, radicalmente, altíssimo preço pela estupidez e ignorância em não participar do seu desenvolvimento, que ocorre no planeta, envolvendo tudo o que nele existe, e também o próprio planeta.

A Revista “Veja” de 6-10-21 publicou a reportagem especial (Mentes Não Tão Brilhantes), de Ernesto Neves e Caio Saad, da qual retiramos a parte abaixo transcrita.

(Depois de décadas de avanço, a inteligência, tão maltratada nos debates rasos da atualidade, está retrocedendo. E o excesso de tempo na frente das telas tem tudo a ver com isso.

As dúvidas sobre o que faz os indivíduos serem mais ou menos inteligentes permanecem, mas, ao longo de milênios, o conceito foi sendo destrinchado em estudos científicos sobre os mecanismos que movem o intelecto até se chegar a uma forma de medição padronizada – o teste de Q.I. (quociente de inteligência) – amplamente reconhecida e aceita.

Entra década, sai década, em boa parte do século XX os países mais avançados, principalmente, puderam bater no peito e anunciar com orgulho que o Q.I. médio de seus habitantes subia constantemente – até que a curva começou a cair e a inteligência engatar marcha a ré a partir dos anos 2000. Em sólidos levantamentos, descobriu-se algo constrangedor para a civilização: pela primeira vez, os filhos passaram a ter mentes menos afiadas do que a dos seus pais. E como fugir da lembrança de movimentos da atualidade desprovidos de massa cinzenta, como os antivacina, os anti-instituições democráticas e os anticiência que compõem o lado escuro da polarização ideológica que varre o planeta?

O esforço de tentar entender e reverter esse quadro tem sido tema de uma série de estudos e publicações recentes capitaneados por pesos pesados da área, intrigados com o fenômeno. No livro A Fábrica de Cretinos Digitais, o renomado neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisas do Instituto Nacional de Saúde da França, aponta as baterias de combate ao estado atual de estagnação intelectual para o que afirma ser sua maior causa: o excesso de tempo passado diante da tela dos mais variados aparelhos digitais. “A tela, em si, não representa um mal, mas o número de horas despendidas na sua frente é assustador”, ressaltou Desmurget a Veja. “O uso de computadores e celulares por pré-adolescentes é três vezes maior para se divertir do que para fazer trabalhos escolares. No caso dos adolescentes, o número sobe para oito”.)

Considerando o que acontece no Brasil, talvez possamos cogitar que esteja ocorrendo uma associação dessas constatações do neurocientista francês, com a corrupção epidêmica, que é uma qualidade intrínseca dos governos brasileiros, além da sua imanente incapacidade.

Atualmente, temos na pauta a questão da preservação do meio ambiente, finalmente uma preocupação que tardiamente alcançou os países mais desenvolvidos. O problema é sério, bastando olhar para as regiões ocupadas pelos humanos nos primórdios da civilização, onde o meio ambiente foi totalmente devastado, e os países disputam a ferro e fogo a posse dos mananciais de água, quase inexistentes. Trata-se da preservação da própria vida.

O Brasil, privilegiado pela natureza, possui água em abundância e reservas florestais que são indispensáveis para o planeta, mas, privilegiando a costumeira burrice, não se dá conta da importância que isso representa para toda a humanidade, e administra com negligência as suas privilegiadas riquezas naturais. Os governos brasileiros, e o atual mais ostensivamente, não souberam e não sabem explorar habilmente a sua privilegiada condição, angariando vultosos recursos das nações desenvolvidas, para serem aplicados na preservação dessas riquezas naturais, e não se dá conta, raciocinando a médio e longo prazo, de que trata-se da preservação da vida no planeta, cuja ameaça mais intensa, poderá resultar na internacionalização de toda a região amazônica, que engloba nove países: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, equivalendo a 7 milhões de quilômetros quadrados da América do Sul, sendo que mais de 60% dessa área está no Brasil. Caso ocorra a resolução de internacionalizar toda a Amazônia, para o bem do planeta e da humanidade, quem poderá impedi-lo? A pólvora da decrepitude? Acorda Brasil!!!

No Brasil, a marcha a ré da inteligência é implícita, instalando-se desde 7 de setembro de 1822 e acelerando-se exponencialmente a partir dos anos 2000, atingindo o seu apogeu a partir do ano de 2019, no governo dos terraplanistas... Atualmente, agrava-se o seu estado de saúde, e o país já apresenta sinais de insanidade mental...

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 14/11/2021
Código do texto: T7385246
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