Mas só chove e chove...
Eu sou fã de chuva. Adoro essa chuva fininha que cai devagar e faz o tempo passar de forma tão gostosa.
Bom mesmo é quando a gente pode ficar em casa assistindo um filminho ou o nosso programa predileto, acompanhado de uma pipoquinha ou um bom brigadeiro.
Não sei nos outros estados, mas aqui no RJ só chove e chove. Às vezes abre um diazinho de sol e depois volta a programação normal-chuva.
Estamos já em Novembro e acabei de conferir a temperatura no celular, e marca exatamente 18° com mínima de 15°.
Essa época do ano já era um calor de ferver.
Eu não sou fã de calor, então nessa parte tudo bem.
Agora da chuva tenho me cansado. Não dá chuva em si. Mas das situações que esse tempo molhado me coloca.
Minhas roupas por exemplo nunca secam. Minhas máscaras então idem.
Meus sapatos estão ensopados.
Minha mochila de trabalho molhou também e a água penetrou e molhou meu caderno de plano de aula.
Meus casacos seguem molhados com dificuldade em secar.
Meu cabelo desgrenhado com o Fritz.
Hoje acordei e vi aquela chuva fina caindo. Me lembrei que preciso comprar uma capa de chuva já que a minha rasgou.
Me bateu um mal humor, pensei nos 3,6km que preciso pedalar até meu local de trabalho, com uma mão só já que a outra está ocupada em segurar o guarda-chuva. Pensei nos cachorros que teria que correr ( alguns me assustam no percurso).
Pensei em como chegaria lá toda ensopada (como de fato cheguei).
Me bateu uma raiva do porquê não consegui passar naquela maldita prova da autoescola.
Antes de sair de casa, agradeci a Deus tudo que tinha, ofereci o dia que viria e lembrei a Ele de todos aqueles dias que fui fazer a prova e pelos motivos mais absurdos fiquei reprovada.
O mau-humor bateu com força.
Pensei que chamar um carro de aplicativo, mas os valores subiram tanto que ia e volta sairia muito caro.
Por fim, fui eu e meu mau-humor pedalando, devagar devido ao mal tempo.
Enfim, cheguei na escola com 5 minutos de atraso.
Molhada, dos pés a cabeça.
Não meu material, ele estava protegido com sacolas plásticas e distribuído na cestinha e no porte embrulho da minha bicicleta de 2010.
Pensei na minha revolta ao sair de casa, agradeci por tudo o que tinha mais uma vez, mas, disse a mim mesma que não devo me sentir mal por querer algo a mais. Não é nem sonhar. É querer mesmo. Uma realidade melhor.
Me lamentei por ser tão difícil.
Reclamei desse aguaceiro. O ano todo chovendo.
Não precisa nem fazer calor, que detesto também, mas o mínimo de sol pra secar minhas roupas e me fazer chegar ao trabalho seca e voltar pra casa seca.