Dois hambúrgueres e alface
Fiz terapia às 9h da matina. Minha terapeuta disse que estou muito emocional (Sério?) e para eu pensar mais em mim mesma. Pra mim não fez muito sentido uma vez que me acho a pessoa mais egocêntrica do mundo. Me acho, sou o solzinho do universo do meu mundo. Tá bom, não tá não?
Faz umas semanas que to desempregada e claro, bateu a deprê e claro, minha compulsão alimentar me ataca novamente. Bora pedir um Mac Donald's? Então...
Eu estou fazendo exercício físico todos os dias e por estar em casa meu intestino está mais regulado que relógio. (Aí vem aquela angústica de ter que voltar a trabalhar pois amo fazer cocô). Logo, um sanduíche ultraprocessado com uma bebida com gás que desentope a pia não iria me fazer mal. Mas aff, preguiça. Terei que descer as escadas, encarar um ser humano, pegar meu lanchinho e comer e depois sentir uma culpa imensa e crise existencial e lá lá lá.
Além que hoje é dia do lixo (hehe) e tenho que levar minhas vergonhas no horário exato pois aqui a coleta da rua não passa num horário específico. Preguiça.
Sou uma pessoa viciada em salada, na verdade viciada em cebola. Crua, cozida. Amo cebola. Onion Rings não, ce bo la. Logo, quando penso o quão saudável eu sou me dá até vergonha de pensar em pedir essa heresia de lanche.
O problema é que eu fico cozinhando tudo isso até passar a larica. Entendeu o trocadilho? Difícil né.
Como posso pensar mais em mim que isso? Ficar discutindo sobre lanche em um texto?
Ela pediu para eu pensar em tudo que eu queria fazer quando estava trabalhando: Curso, filme, dormir, chorar, escrever.
Engraçado... Agora só queria sumir.
Bora cozinhar aquela abobrinha gigante na geladeira, e fazer uma fafora de ovos. Hum, delícia.
Deixa pra outro dia encarar a humanidade. Outro dia de guilty pleasure.