III ANOS "DOURADOS" , E OS "ESTRAGOS" PROSSEGUIAM... 17h19min.(Reminiscência).Epílogo?

Com a ajuda do amigo mencionado no texto anterior, a parte financeira da pequena empresa, foram se amenizando, pois a dívida bancária foi encerrada. Acabamos, de modo inesperado, fazendo um acerto com o cliente que nos devia mais, - em torno de 15mil reais, nos ofertou dois térrenos na região metropolitana, - no centro de Campina Grade do Sul – que acabamos vendendo a um primo.

Isto deu um equilíbrio na pequena empresa, mas um pouco antes disto, tive, - muito a contra gosto – fazer um acerto com nosso estoquista, que trabalhava conosco a muitos anos...

A maior parte das vendas era por telefone, competia a nós separar e entregar...

Havia uma farmácia, cujo o proprietário eram dois irmãos, de origem japonesa, um deles era muito brincalhão, quando íamos fazer uma entrega, dizia: que bom que hoje que veio foi o “propriootário”... rs.rs.rs.

Mas este plano nem tudo eram “flores”, dois colegas, que muito prezávamos, empresas com mais de 50 anos, informatizadas, e com sede própria, atuando em vários estados, foram enfrentado uma crise financeira jamais vista, até ao ponto de fecharem as suas portas.

O “final” da primeira, foi lamentável, pois o proprietário, amigo de longos anos acabou se suicidando... Pessoa, correta e honestíssima...

O segundo, a sede eram numa região nobre de nossa cidade, levou muito tempo para vender sua sede, a princípio pedia R$ 300 mil reais, acabou vendendo por R$ 240, mil reais, - isto nos anos 98 –

Mas nos também estávamos com nossos dias contados, naquele mesmo ano, no governo FHC, fez um decreto “iluminado”, que a sede da distribuidora, não poderia ficar no mesmo lote da residência do proprietário... Teríamos que nos mudar, pagar aluguel contratar um farmacêutico, muito embora não vendêssemos produtos controlados e não fizemos qualquer tipo de manipulação...

Em setembro de 1998, tiramos nossa última nota fiscal, e acabamos fechando em definitivo, após mais de 30 anos de trabalho.

Em fevereiro daquele ano, finalmente saiu nossa aposentadoria, que fora dada entrada em dezembro de 1996, até fizemos um planejamento de quitar o nosso amigo com valor da aposentadoria recebido, mas em face de pararmos com a empresa, isto não pode ser feito, e a dívida continua em aberto, na nossa consciência...

Durante algum tempo até pagamos, um valor a este amigo, sobre esta aplicação, deste valor, no Banestado, que dava um rendimento de R$196, reais mensais...

Finalmente, nesta vida nada dura para sempre, pois em tudo há começo e um fim, razão pela qual sempre devemos primar pelo “ser” e deixar o “ter” em segundo lugar.

Curitiba, 9 de novembro de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 09/11/2021
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