O que é, realmente, ser independente?
Ontem, 16 de fevereiro de 2008, estávamos prontos para viajar. Passar um dias longe de certas coisinhas esquisitas, deixar a Alma "dar pulinhos", como se diz em alemão, ficar ... independente. Ser independente? Estar independente? O verbo, no infinitivo, não é, na minha opinião, importante. O independente, é o x da questão, ou o ponto no i.. da independência.
Pensamos em nos mandar depois das 19:30 (horário suíço), mas estávamos esperando um OK; e, enquanto esperávamos, minha amiga, eu e Jack, escutamos um barulho infernal de buzinas de carros. E, sorrimos bastante, sabendo que a Copa do Mundo de 2006, já acabou, em 2006! Lembramos deste mesmo tipo de concerto, quando italianos, espanhóis, jogavam... e ganhavam!!! Aquele barulho de buzinas desafinadas, que ficava no ar, nos ouvidos...
Continuamos a esperar, e finalmente, por volta de 20:15hs, soubemos que não poderíamos viajar: nossa vontade de "deixar a Alma dar pulinhos", não deu certo! A nossa independência, foi sufocada porque, já o pessoal estava festejando, assim, de véspera...
E, hoje, dia 17 de fevereiro de 2008, o concerto de buzinas aumentou, o número de Kosovaren (desculpem-me, mas a procura intensiva para saber como se chamam os moradores do Kosovo em português, não deu resultado) nas ruas é imenso. Eles estão preparados, para a independência, esta mesma que sufocou a "nossa", aqui. E trazem Bandeiras que tremulam no ventinho frio, agradável; inclusive, Bandeiras da Comunidade Européia. E cantam, qualquer coisa, felizes.
Mas, de repente, começam a aparecer certas entrevistas na TV. E o nosso "Cid Moreira" fala com voz quente, mas preocupada, que a Sérvia, a China, a Rússia, entre outros, não aceitam esta independência! E que estes Países reforçam o seu não-aceitamento, deixando ameaças no ar, de "que se a Comunidade Européia, endossa este procedimento ilegal, então..."....
Minha amiga, diz do jeito bem típico que lhe é peculiar, "Was soll's?" e sei que ela tem razão... A nossa independência de viagem, foi sufocada, mas não eternamente... Nós viajaremos, se Deus quiser. Seja para onde for! E quando, também não será importante.
E os kosovaren? Para eles, o que conta é o momento. Mesmo que "estes grandes homens que acham que podem decidir pelos outros", não aceitam e falam bobagens, a alegria, o concerto de buzinas, o balançar das Bandeiras, o cantar, o sorrir, o dançar, não diminuirão.