Não mexe aí
“Não mexe aí” é uma das frases que ouvia na infância. Provavelmente, fruto da minha educação familiar e escolar. Por repetição e insistência acomodei a referência. O desafio é mexer. Ser adulto repete o ser criança, pouco no lúdico e muito na disciplina. Pena ser assim. Se fosse o contrário talvez tivéssemos um mundo diferente do que construímos atualmente. A barreira invisível do “não mexa” orbitam a mente. É força motriz para a repetição. Não mexer é habitar o conhecido. É cumprimentar a vida como um hábito. Uma rotina. Desaprender a “não mexer” é retirar cascas e camadas de proteção. Trabalho duro. Mexer é ariscado. É poder se engasgar com o desgosto. É pular num pé só é saber que pode cair.