O ser humano e a morte, uma quase certeza
O ser humano, como os demais seres vivos, nasce, cresce, reproduz-se, envelhece e morre, exceto quando lhe sobrevém a morte antes de qualquer uma dessas etapas da vida. Infelizmente, como tem acontecido com muitos e continuará acontecendo até que o Senhor Jesus Cristo volte, foi o que, para tristeza de todos, aconteceu ontem, dia 5 de novembro de 2021, com a jovem e querida cantora Marília Mendonça. A morte, como é terrível a morte!
A despeito de ser uma quase certeza na vida de todos, nunca estamos preparados, nunca a esperamos. Ela, di-lo em “Consoada” Manuel Bandeira, é “a indesejada das gentes”. Ninguém a quer, ninguém a espera, ninguém a aceita, ninguém se conforma com ela, a morte. A morte impacta a todos, ricos e pobres, sábios e ignorantes, bons e maus, idosos e novos, em todos os tempos e lugares, não obstante esta ou aquela diferença cultural.
Bandeira a personificou, escrevendo indesejada com inicial maiúscula. Não teve medo, penso. Até pela incerteza de sua indesejável vinda, zombou. Sim, zombou, como ousam zombar os verdadeiramente poetas. Morte, ora a morte? Que importa a morte? Tendo medo ou não, é quase certo que ela, mais ou cedo ou mais tarde, assombrosamente venha mesmo. Poetas ou não, vivamos alegres e esperançosos enquanto a indesejada não chega. Por que viver preocupado com a quase certeza?
Falo evidentemente a quem, como eu, crê na Bíblia como a inerrante Palavra de Deus. Se alguém não crê, tudo bem; viva sua vida. Cada um com sua fé ou falta dela. Indiferente para mim. Cada um – falo mais uma vez, é óbvio, para quem crê – arque com as consequências. Se você crê que não haverá consequências, também tudo bem. Não posso jamais querer mudar isso. Avante! O futuro o dirá, esperemos ou não.
A morte fez que Jesus Cristo chorasse. “Jesus chorou” (Jo 11.35), diz a Bíblia, relatando a morte de Lázaro. Ela, seja por este ou por aquele aspecto, nos amedronta. Disse, por exemplo, Ivo Pitangui: “Conheço a morte. Durante toda a vida eu a vi agir. Ela não me apavora. Renunciar à alegria da vida será mais difícil.” Ela, contudo, não é certa; é quase certa: nem todos morreremos (1 Co 15.51). Sim, ainda bem!