II ANOS “DOURADOS”, A REAL FACE DO PLANO REAL... 16h07 (Reminiscências).

Como foi bem lembrado pelo caro colega Miguel Carqueja, esta inflação que o país está sofrendo desde algum tempo, não cabe a culpa a este atual governo, pois, em razão desta longa pandemia, esta inflação, afetou todos os continentes, EUA e Europa, que sempre tiveram uma inflação sobre controle...

Damos sequência ao nosso singelo texto, em que evidenciamos nas lidas do comércio, o “o dia seguinte” do Plano Real, que não foram somente “flores”, mas houve também “espinhos” ...

A “cultura” inflacionário de longos anos, deu ao consumidor, hábitos, isto é comprar além de suas necessidades, para guardar e consumir no futuro, pois se fosse deixar para amanhã, os preços certamente estariam mais alto.

Portando, a venda da maioria dos setores era fictícia, com o Plano Real, a venda caiu na “real”, isto é, como as mercadorias não iriam subir, no geral as pessoas passaram a comprar menos, isto, indiretamente acabou criando uma crise na economia, e as vendas de um modo geral caíram drasticamente, dai para frente começou haver a inadimplência de muitos clientes, e isto afetou sobremaneira, nossa receita, pois tudo aquilo que comprávamos e vendíamos, tínhamos que honrar o nossos pagamentos com nossos fornecedores...

Havia, um, porém, que mostrou a real face do Plano Real, inflação quase zero, porém, os juros dos bancos estavam pela “hora da morte”, Cheque Especial a mais de 10 % ao mês e a mesma coisa para desconto de duplicatas...

Em face da inadimplência, fomos usando as duas coisas, o Cheque Especial e o desconto de duplicatas, neste caso acontecia o seguinte: o cliente não pagava, o banco protestava, se cliente não pagasse, e no final tudo era debitado em nossa conta.

Vamos entrando numa situação cada vez pior, quando em setembro de 1996, foi nos debitado, em torno de R$1.200, reais, ou seja, doze salários mínimos na época, que era de R$100, reais, que seria hoje o equivalente a R$13.200, reais.

Uma “luz vermelha” ascendeu, tínhamos que tomar alguma providência ou iríamos à falência, visto que somente um cliente estava nos devendo em torno de R$15.000, mil reais...

Conversamos, uma das gerentes do Banestado, explicando o que estava acontecendo, foi quando ela sugeriu que financiássemos o que devíamos, em 24 pagamentos, foi o que fizemos, que deu em torno de um pouco mais de R$1.200, reais, mensais, entretanto ela não nos falou que em cada prestação haveria uma “correção”, isto é haveria juros, somadas as prestações. Chegamos a pagar 12 prestações com extremo sacrifício, o que tornava um “sufoco” as finanças da pequena empresa...

Acabamos comentando com amigo o que estava acontecendo, - um juiz aposentado, que era cliente deste banco. Ele, acabou elaborando uma carta, contando o que estava acontecendo, ofereceu ao banco, R$8.000, reais pelo montante da dívida, o banco acabou aceitando... Dai para frente começamos vida nova, mas aí já é outra história... 16h44min. Curitiba, 06 de novembro de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 06/11/2021
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