Velho é o outro
Ainda na minha atividade profissional, trabalhando numa cidade do interior de Alagoas, costumava frequentar um restaurante, cujo pai do proprietário tinha 78 anos de idade. À noitinha, tinha hábito de ir ali, muito mais para bater um papo sadio com seu proprietário, que era muito bom de piada.
E via ali seu pai, quase sempre tomando uma cervejinha.
E eu, com apenas 50 anos de idade, ficava imaginando: "que velho ousado, ainda consumindo bebida alcoólica!"
Hoje, tenho aquela idade, talvez ainda mais ousado do que ele: ao menos no almoço, aceito uma cervejinha, vinho, whisky, campari, martini ou até uma cachacinha, quando o cardápio é um cozido.
Nas minhas proximidades, há muitos restaurantes, para onde vou a pé, podendo tomar um aperitivo, sem me incomodar com a Lei Seca.
E, se me chamarem de "velho", eu digo que é a avó.