OS ANOS “DOURADOS” ... 06h41min. (Reminiscências).

Antes do Plano Real, a palavra inflação, sempre se constituiu num “tormento” aos governantes, pois sempre afetava as pessoas de menor poder aquisitivo. Planos “mirabolantes” foram elaborados para vencer o “inimigo”, porém, no final “ele” ressurgia e parecia imbatível e como tínhamos “inveja” dos países que mantinham uma inflação sobre controle e com juros civilizadas...

Mas nem tudo era tão ruim, as pessoas de maior poder aquisitivo, “ganhavam” com a inflação, as aplicações e a poupança, davam uma melhor remuneração, do que o próprio trabalho em si, e isto durou vários anos, cujo rendimentos giravam torno de mais ou menos de oito por cento. ao mês.

E o “maestro” desta “milagre” foi o então Ministro da Fazenda Delfim Neto, que ainda está entre nós com 90 anos.

Estávamos em pleno regime militar, com coisas boas e outras nem tanto, mas independente de tudo isto os “milagres” na economia iam acontecendo, durante anos seguidos, e até parecia que duraria para sempre, mas certamente isto um dia chegaria ao fim, e isto se deu em 01 de julho de 1994, quando começou para valer o Plano Real, com uma nova moeda, e quando o real equivalia a dólar...

Porém, antes disto, - a cultura inflacionária - os “milagres” iam acontecendo, pessoas vendiam seus bens para aplicar na poupança, pois os rendimentos eram espantosos, e, até com rendimentos diários...

Um tio, tudo que arrecadava, no setor de cinemas, e agropecuária, aplicava diariamente, no Bamerindus. Quem não se lembra: “o tempo passa o tempo voa e poupança Bamerindus continua numa boa.” Este tio tinha mais de 2000 empregados, os pagava no quinto dia útil e pasmem! A folha de pagamentos era paga com os rendimentos das aplicações diárias...

Um outro tio de saudosa memória, tinha se aposentado, quis a sorte que ganhasse um valor num dos jogos da Caixa, é lógico que aplicou na “milagrosa” poupança, o levamos para comprar um carro seme novo, numa concessionária, escolheu o carro, o vendedor perguntou se queria financiar, disse que não queria pagar a vista, perguntando a ele se se aceitaria um cheque para a próxima semana, ele respondeu que sim!. Era o dia que receberia os rendimentos da poupança...

Para quem tinha um bom rendimento, era remunerado, pelos bancos, e pasmem! Em muitos casos diariamente, os menos afortunados, porém, a ação da inflação era bem danosa, recebiam e tinham que rapidamente irem ao mercado fazerem suas compras, pois amanhã poderiam pagar mais caro...

Na sexta, era dia de fazermos, o suprimento de carne para semana, para nós e para o nosso estoquista, tudo paga com rendimento diário do “nosso” Banestado, hoje de saudosa memória... Tudo isto acabou com chegada do Plano real, porém, há um misto de preocupação, em razão desta pandemia, uma inflação generalizada, e esta palavra quase esquecida para a ter novamente lugar de destaque... 07h24min.

Curitiba, 04 de novembro de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 04/11/2021
Reeditado em 04/11/2021
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