Para quem não tem o hábito de ler, ou nem gosta de ler (e para quem gosta, óbvio!)

Em primeiro lugar, aceitem minha alegria, honra e gratidão por resolverem ler minha crônica.

Por aceitarem meu convite, entrarem no site e lerem minha crônica.

Gratidão! Gratidão! Gratidão!

...

Ler tem se mostrado um hábito que está se perdendo... infelizmente.

Sinceramente não tenho como aquilatar se você que chegou aqui realmente gosta ou não gosta de ler.

Se tem o hábito de leitura.

Ou se é da geração “odeio textão”!

Eu confesso que tenho muita dificuldade em lidar com pessoas assim... que não gostam de ler. Que não possuem o hábito de ler!

E por isso dão uma série de desculpas para não ler. A maioria faz isso! Não todos! Não estou generalizando! Mas hoje, constato que há uma maioria nesse sentido.

Normalmente não se colocam como “quem odeia ler”. Não são honestas. Não assumem!

E falam que não tem tempo! Que estão na correria!

Pura desculpa! Esfarrapada, aliás...

Claro, óbvio, que há exceções!

Eu tenho um estilo literário que além de culto, é um tanto rebuscado! Diria até prolixo muitas vezes! Não consigo (ou não gosto) de resumir, de sintetizar... para poder me esforçar e levar o melhor entendimento possível com minhas palavras.

A comunicação escrita está longe de ser perfeita, sei disso! Falta a expressão corporal, o tom da voz, a expressão facial que nos faz entender melhor o contexto das palavras. O significado e o significante das palavras.

Daí minha necessidade, que misturou com meu estilo de me comunicar, de escrever, que uma parcela dessa geração chama de “textão”!

Ora bolas, há textões e textões!

Há textões muito bons e outros ruins!

Há textos concisos bons e ruins!

Fato que é também um preconceito com o tamanho do texto.

Algo como julgar um livro ou disco (ou cd, ou DVD, etc.) somente pela capa.

Acreditem, isso é um caso verídico que vou narrar aqui (omitindo nomes, obviamente). Eu tinha contato com uma terapeuta e escritora através das redes sociais. A seguia, a acompanhava, me deleitava com seus lindos, profundos e longos textos.

Eu compartilhava, divulgava sua obra (claro dando o devido crédito autoral).

Um dia, eu publiquei um texto e enviei a ela.

Ela, para minha surpresa enorme, respondeu mais ou menos assim:

“- Eu não li seu texto! É muito grande! Mas pelo jeito, você tem essa opinião sobre o assunto... e discordo disso, disso e aquilo outro.”

Ela não leu! Pelo menos assumiu.

Mas quis emitir julgamento, juízo de valor sem ter lido minha crônica! Sem saber minha opinião! Sem saber o que escrevi! E para minha surpresa, praticamente o que ela falava era o que eu havia escrito! Absurdo...

Escrevi de volta a ela falando que eu tinha ficado confuso, triste e até um tanto pasmo com a atitude dela! Como você, escritora, se sentiria se um dos seus leitores falasse que seu texto é muito longo, por isso não leu? Hã? E ainda emitisse uma crítica sobre o texto (seja positiva ou negativa) sem exatamente ler? Como se sentiria?

Eu fico realmente imaginando, pensando, refletindo e tentando entender quem assume que não gosta de ler.

Seria uma falha no sistema de ensino brasileiro? Dos pais? Ou de toda uma conjuntura?

Será a velocidade da internet? Das notícias das redes sociais?

Que acelerou todo esse povo?

Realmente não sei...

Fato é que as pessoas estão muito aceleradas em tudo, e isso pode gerar uma superficialidade nas relações humanas como um todo! As pessoas não investigam a fundo, não estudam, não pesquisam... só veem aquela nota, aquele "twitter". Mas conhecer a fundo alguém ou algum assunto pode ser o resultado dessa atitude de não querer ler textos maiores.

Mas reflito quando forem para a faculdade ou assumirem cargos.

Será que irão ler os contratos? As cláusulas? Os e-mails?

Ou farão com fazem na internet, que aceitam ou atuam como se tivessem lido, hã?

Como fazer uma carreira de sucesso, sem ler?

Imaginou advogados ou juízes que não gostam de ler?

E os cientistas e pesquisadores?

E os românticos em busca de inspiração?

Fato é que é devidamente comprovado, que a pessoa que não tem o hábito de ler, não costuma ter um vocabulário diversificado, culto e preciso! Tanto na parte de ortografia, como de acentuação, como na capacidade de expressão e formação de ideias.

A leitura estimula a imaginação!

A ciência comprova: ler faz bem para o cérebro!

Ouvir música clássica também! Mas isso é tema para outra crônica.

Ler inclusive é uma das tarefas, ações que podem retardar os efeitos da velhice, no tocante à memória! Auxilia o cérebro como um treinamento e profilaxia contra, por exemplo, o Mal de Alzheimer.

A conclusão do um estudo apontou que a leitura de livros pode ser um exercício valioso para o cérebro, já que quando lemos, o sangue flui para diversas áreas associadas à concentração e, no caso de uma leitura mais crítica, também para áreas menos ativas do cérebro. Logo, o estudo concluiu que a forma de leitura afeta o cérebro e através dela podemos treiná-lo para ser cada vez melhor em atividades que exigem compreensão e concentração.

A leitura estimula a memória, expandindo a capacidade de nossa mente.

A leitura é combustível inesgotável para a imaginação.

A leitura nos dá as palavras, instrumento para expressar nossos sentimentos.

A leitura nos aproxima da compreensão de mundo e da autocompreensão.

Ao ler, nos deparamos com aquilo que pensamos: com nossas crenças.

É possível experimentar com a leitura, sem de fato experimentar fisicamente.

O ato de ler naturalmente leva a escrever e a escutar.

Ler eleva a autoestima.

A leitura desconhece a solidão, nos permite estar sempre acompanhados.

A leitura constrói sonhos e nos empurra à realização.

Inúmeros são os benefícios da leitura, e poderia ainda continuar...

e continuar...

e continuar... a defender o hábito da leitura!

Mas já escrevi demais!

Eu queria ter feito um texto menor!

Queria me expressar com um “textinho”!

Novamente, peço perdão! Não consigo!

Eu só paro de escrever, finalizo uma crônica, um ensaio, um texto, quando entendo estarem ali as informações necessárias e imprescindíveis para entendimento do meu ponto de vista!

Esse sou eu! E minha forma de me expressar!

Se chegou até aqui: UAU... aceite minha alegria! E gratidão!

Mesmo que não goste tanto de textão ou de ler, fazer um esforço para ler o que publico é no mínimo uma tremenda demonstração de carinho!

E respeito!

Comigo e com meu texto!

Mais uma vez, gratidão!

Eu confesso que antigamente eu ficava ansioso quando enviava textos, crônicas, poesias e ensaios para alguém e obter um “feedback”.

Ficava ansioso.

E ficava triste por não ter esse carinho e respeito de volta...

Ao passo que fico extremamente feliz com as pessoas que leem e/ou comentam comigo sobre o tema! Prefiro quem não goste do meu tema, que não concorde, do que a pessoa que simplesmente não leu!

Sabendo que todo mundo perde tempo com coisas de somenos valor e importância na internet, nas redes sociais.

Eu ficava. Não mais!

Eu agora divulgo meu trabalho!

Se gostarem, ok!

Se não gostarem, ok também!

Se lerem, ok!

Se não lerem, ok!

Sinto gratidão do mesmo jeito!

Mauricio Franchi “Veeresh Prem Das”