"A JUSTIÇA NÃO É TOLA"...
Tolos talvez sejamos nós, que continuamos a dar crédito às suas bravatas a despeito de suas sucessivas lambanças
Claudio Chaves
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EMBORA importante, a ratificação de Sua Excelência Ministro Alexandre de Moraes, pelo menos pra mim, é desnecessária.
É ÓBVIO que a Justiça não é tola...isso até o Saci Pererê sabe.
TOLOS, talvez pense o Eminente Ministro, sejamos nós, os mortais comuns que continuamos a dar crédito às sucessivas bravatas de nossa Corte Togada, apesar de suas incontáveis lambanças e demonstrações claríssimas de qual lado está...que não é, lógico, o da plebe.
ORA, afirmar que se acontecer na próxima eleição o que aconteceu na anterior os responsáveis irão pra cadeia não é confessar o reconhecimento da prática criminosa (na eleição passada) e, portanto, passiva de punição? Ou a punibilidade, agora, deve ser condicionada não ao delito em si, mas ao tempo em que este é cometido - se antes ou apenas depois da Justiça decidir punir os agentes? Melhor, agora, não é mais a lei, e sim os juízes que decidem o que é crime e a partir de qual momento determinadas práticas criminosas podem ser punidas?
SE É ASSIM, por que os atos de Sérgio Moro contra Lula foram anulados pelo STF… o mesmo que, em parte, compõe e preside o TSE, que acaba de arquivar denúncias contra a chapa vencedora em 2018?
ORA, se quem define o que é [ou não] passivo de condenação é o juiz e não a legislação, Moro não violou nada - é o que o TSE acaba de dizer qdo admite que quem cometer os atos cometidos nas eleições de 2018 será punido, porém quem já os cometeu está absolvido.
TANTO o TSE quanto o STF sabe que a chapa denunciada cometeu os crimes dos quais foi acusada (entre outros) - e sabe também que existem provas; tanto que por razões semelhantes cassou a candidatura do deputado Francischini (PSL-PR) e mantém presos um deputado federal, um ex-deputado e mais ou menos meia dúzia de militantes do mesmo espectro: mitomaníacos contumazes, antidemocráticos, incentivadores do nazifascismo e milicianos/terroristas digitais.
DE FATO, o Poder Judiciário nunca foi e jamais será tolo, finge-se quando lhe convém.
VÁ um mortal comum chamar um ministro do STF de "canalha" e mandá-lo "pegar sua mala e sair", dizer que não vai mais acatar suas sentenças - isso diante de centenas de milhares de pessoas e com transmissão ao vivo para o mundo inteiro -, insinuar que um Presidente do TSE é pedófilo, e, 48h depois, alegando que estava apenas fazendo o democrático uso da liberdade de expressão e "tomado pelo calor da emoção", telefonar para o ofendido, e tudo bem. Vá! Experimente!
OU EXPERIMENTE contrariar a Ciência, cientistas do mundo inteiro, incluindo os órgãos de controle e fiscalização do Governo, como a ANVISA, e insista, onde for, em propagandear terapias medicamentosas mundialmente rechaçadas e comprovadamente ineficazes contra o mal por você indicado e perigosa à saúde do paciente!
VÁ! Afirme quantas vezes achar necessário que só reconhecerá o resultado de eleições se este lhe for favorável, dentro da margem esperada e no formato (impresso) que você achar mas conveniente! Acuse o TSE, quantas vezes quiser, de fraude em urnas eleitorais, deboche quando este Tribunal lhe pedir explicações sobre as acusações, mude de versão quantas vezes quiser e continue fazendo novas acusações, inclusive sobre eleições futuras!
EXPERIMENTE fazer tudo isso ou pelo menos algumas dessas ações, registrar em vídeo e fazer correr o mundo… tudo isso sob as barbas de todo o Poder Judiciário, Poder Legislativo e do sistema acusatório (Ministério Público)! Faça e veja o que lhe acontece! Que o digam: "Bob" Jefferson, Silveira, Eustáquio e Allan dos Santos, entre outros.
DE FATO, Meritíssimo Senhor Moraes, a "Justiça não é tola". Cúmplice é o adjetivo correto.