A maioria dos perfis da Idade Média nos remete aos monges que experimentavam solidão, trabalho manual, trabalho intelectual, o serviço de Deus, oração e, ainda os mongees soldados, nascidos das Cruzadas, tendo vida eremítica ou uma vida no convento. O monge etimologicamente é aquele que chora seja por seus próprios pecados e dos homens, leva uma vida de oração, meditação e penitência e, procura conseguir a sua salvação e a dos homens.
Também se registra uma diversidade da condição feminina na Idade Média, principalmente, definida por sua posição, suas funções no seio da família. Enfim, uma Eva mal resgatada por Maria, um mal necessário para a existência e funcionamento da família seja para a procriação e para controle da sexualidade que é o principal perigo para o homem cristão.
A tríade composta de monge, cavaleiro e camponês não representa uma forma completa de categorias medievais. Outros personagens surgiram ligados à cidade, a saber: o citadino, o intelectual e o mercador. Nas duas encarnações diametralmente opostos do homem medieval está o medieval e o santo. O marginal é o exilado, afinal o exílio era considerado castigo substitutivo da pena de morte. A exclusão, o desterro que deriva da interdição e da excomunhão. A má reputação ou infamia também gerou marginais. E, nessa sociedade que naufraga na ambiguidade, o doente e o inválido também possuíam vocação para ser marginais. Outro caso de marginalização era aplicado ao herético e ao judeu. O que encarna a mais realização do homem na Idade Média é o santo que estabelece a ponte entre o céu e a terra e, conciliando o corpo e a alma. Todo religioso é uma mistura de santo, monge e intelectual.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 30/10/2021
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