VIVA PORTO SEGURO!
Durval Carvalhal
É logo no início do ensino Fundamental (antigo ginasial) que tomamos conhecimento sobre a história do Brasil. Logo, logo, aprendemos a lidar com pomposos substantivos próprios: Portugal, Espanha, Dom Manuel I, Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Pero Vaz de Caminha e muitos outros.
Ao chegarem a Porto Seguro, os fedorentos portugueses se aproximaram dos nativos brasileiros; e é assim que começa a epopeia da nova nação, que, no cabriolar dos tempos, tornou-se no grande país de hoje.
E que tem, na cidade de Porto, um lugar bonito, verde, atraente, turístico, tombado em quase todo o seu território pelo patrimônio Histórico e muito orgulhosa da primazia de ter sido o local da chegada de Pedro Alvares Cabral e sua trupe nos idos de 1500.
Ficamos hospedados no aprazível “Hotéis & Resorts Porto Bello”, situado ao centro da urbe; e depois do café da manhã, contamos com a valiosa prestação de serviços do uberista e professor Diego para fazer um tour pelos pontos mais importantes da cidade durante todos os dias de passeio.
Primeiramente, fomos visitar a Aldeia dos Pataxós, um lugar sagrado, cujos índios recebem muito bem os turistas. Conversamos com vários, e um jovem de 16 anos fora designado para fazer um tour conosco mato afora, mostrando-nos lagoas e armadilhas para caçar animais. Também fizemos compras e massagens com produtos naturais.
Depois, subimos a “Ladeira dos Brancos” próxima à “Ladeira dos Pretos”, uma gigantesca escadaria (antes, de puro barro), para conhecer o Centro Histórico da cidade e contemplar belíssimas paisagens do litoral porto-segurense.
Fomos apresentados ao professor de História e guia turístico, Israel Viola, que nos falou sobre a “Igreja Matriz Nossa Senhora da Pena”, a padroeira local; ato contínuo, falou-nos da Câmara Municipal, um quarteirão que abrigava a intendência (prefeitura), a cadeia pública, o Museus Histórico da Cidade ou Museu do Descobrimento.
Por fim, espantou-nos com a subterrânea prisão de estupradores: um buraco fundo ao ar livre tampado com “grelha boca de lobo”; se a moda ainda vigesse, haveria poucas notícias sobre os bestiais do sexo.
Conhecemos a Feirinha da Coroa Vermelha ou Feira do Artesanato, com seu vasto calçadão, inúmeras lojas, seus encantos, culminando na praia onde Cabral desembarcou.
Os 90 quilômetros de praias são um pedaço do paraíso, destacando-se a Praia do Arraial, por onde se andam horas a fio; nos bares, música ao vivo, lembrando a grande valsa de Strauss: Vinho, mulheres e músicas.
A vida noturna é vibrante, centrada em boates, clubes, bares e, sobretudo, na famosa Passarela do Descobrimento ou Passarela do Álcool, com passeios repletos de bares; até dia de domingo, há bom movimento até meia noite. É incrível.
Por fim, é gostoso visitar a famosa Trancoso; pega-se uma balsa que corta o rio Buranhém; toma-se uma estrada de barro até o vilarejo e a Praia de Taípe; praia bonita, com barracas bem estruturadas, música ao vivo, bom atendimento, bebida farta e muita satisfação.
No final do histórico passeio, deixa-se uma dívida de saudades para possível pagamento futuro, retornando-se à Salvador em um voo tranquilo e rápido de 45 minutos. E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora...?