Estrada fria
Ando pela noite como quem sai de um sonho e flutua no nada.
Passo por aí.
Vejo e não guardo, antes assim.
Tomo um vinho cálido nessa noite morna e entediante. Pálida lua clareia, divide o firmamento com estrelas várias; pálida lua sempre lá, altaneira, bela, inútil.
Luares de um tempo que passou sempre a iluminar estradas que a nada conduzem, que ao nada conduzem.