DE CONCEITOS E AFIRMAÇÕES
sábado, 23 de outubro de 2021
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Outrora existiu nesse país um jornalista chamado Nelson Rodrigues. Era alguém muito contundente, mas também muito criticado. Era antipatizado por muitos, apesar de receber apoio de outros tantos. Mas a sua marca maior era dizer as coisas de uma forma direta, o que era considerado um "sem papas na língua", como não acontece com a maioria dos demais.
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Criou algumas afirmações, onde duas delas são: "Toda unanimidade é burra"; a outra foi: "óbvio ululante". Dentre outras. Sendo que a primeira delas poderia ser uma auto confissão, haja vista que dividia a empatia/antipatia por ele, manifestada pela coletividade.
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Com relação à primeira, é lógico que nunca haverá unanimidade sobre alguma situação das que existem no mundo e na vida. Mesmo que alguns insistam em fazer algumas afirmações tipo: "o/a maior", "o/a mais bonito", "o/a mais forte", bem como muitas outras que fazem.
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Claro é que se estabelecendo um determinado número de votantes sobre quaisquer situações, é quase que improvável que nisso se alcançará uma unanimidade de todos votarem simultaneamente num(a) só. E isso podemos constatar fielmente em qualquer eleição/concurso ou algo que busque apurar superioridade absoluta.
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Peguemos então tais circunstâncias para explicar as coisas que se dão em nosso país, o Brasil. Mas que se ressalte um fato: a divisão aqui é pra lá de exagerada. Quase estúpida. E isso faz com que se complique a situação. Com o detalhe da disputa entre todos pela puxada da brasa para a própria sardinha.
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Uma ação como essa acaba causando um mal profundo a todos, porque com tais disputas, acaba-se fugindo do foco de todas as discussões, levando, com isso, a um desequilíbrio ativo portentoso. Com isso, situações que se poderiam resolver de forma rápida e/ou fácil, transforme-se numa complexidade sem tamanho, causando prejuízos a todos. Inclusive para os que buscam contrariar o resultado lógico de qualquer questão.
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E voltando ao início dessa assertiva, a citação "óbvio ululante" define uma cegueira quase crônica de alguns, quiçá de muitos, para certas ocorrências que nos afligem. Nunca conseguem visualizar os fatos da forma necessária como seria devido. Com isso os atritos se apresentam, quase sempre insolúveis, levando a todos pagarem um preço bem maior do que aquele onde se o bom seno prevalecesse.
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Talvez o xis da questão esteja nisso.