Diabruras do Choco, o vira-lata
O Choco acaba de morder a letra tê (T) do meu moletom da Caterpillar, arrancou-a facilmente, a cola que a prendia ao tecido pareceu ser das mais vagabundas. Quanto ao Choco, é ineficaz e contraproducente alvejá-lo com chineladas e sapatadas, como fazia eu até um tempo atrás, mas, percebi, “os olhos se me abriram” que violência gera mais e mais violência, e todos perdem, eu, o Choco, a Humanidade. Ainda o xingo e grito com ele, que se amedronta e se esconde e por um brevíssimo período parece que vai tomar jeito, deixar de aprontar; alegre engano de minha parte, o bicho vira um capeta em dois tempos, num piscar de olhos, basta passar voando um destes abjetos mosquitinhos, ou mesmo uma microcósmica poeira para acender a sua curiosidade, bem como por em alerta seus músculos, ainda muito jovens, para então, recomeçar uma coreografia de saltos e latidos desesperados.