Massacre Dominical
O Bem-Te-vi soa no poste, um alarme penoso e lindo: há borboletas frescas e café, é domingo.
Na esquina, copos a tilintar com pinga, não são ainda 8h da manhã.
"Você se esqueceu, que dentro dessa casa eu existo, quem em 82 casou comigo, por isso exijo uma explicação ", soa o Milionário.
Passara e passam-se os anos:a explicação nunca viera.
Ele não está dentro de casa, não sentará no sofá. O diálogo não virá. O temporal da frustração já alagou tudo.
O bar é fuga, procrastinação.
Culpa de um mosquito Baumaniano; este, pior do que dengue.
Liquidez de uma fragrância forte, de um perfume não duradouro. O Amor brilha, como o sol e o pássaro, necessários, porém não valorizados.
Sodoma e Gomorra são marolinhas, no século XXI.
Mas o Bem-Te-Vi insiste, e eu escuto bossa.
Samba com beleza e café. Cado de tristeza, mas tenho o Mestre, o Bem-te- Vi e as crianças.