Homenagem Ao Dia do Professor
Estudante
De manhã no mesmo trem, / Rompe alvorada, e ela vem / Rumo à escola ensinar. / E eu pobre aluno dela,/Morrendo de amor por ela,/Sigo a luz do seu olhar./ Se eu pudesse compraria,/Uma carteira vazia/Na divisa da janela/Pra ficar constantemente/ Naquela fila da frente/Em frente dos olhos dela./Oh! Professora galante/Tem pena do estudante/Que mendiga o teu amor./Não me dê somente ensino,/Não transforme o destino,/Deste infeliz sonhador./Já não importa o vexame,/De uma reprova no exame, /De nunca mais ser doutor./ Ria de mim toda a classe,/Contanto que um dia eu passe/ No exame do teu amor!
(Este lindo poema musicado tem a autoria de Adelino Moreira e Nelson Gonçalves!)
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Depois de degustar tão lindo poema, no qual Adelino Moreira e Nelson Gonçalves homenageiam a esta bravíssima Classe dos Professores – representada na personagem da sua amada Professora – seria muita ousadia querer dizer algo que pudesse tecer loas aos baluartes sustentáculos do mundo e do crescimento de uma nação: O Professor! A sua profissão é o útero/mor de todas as outras profissões. Nenhuma das demais existiria sem que a sua não se fizesse presente em todo o decorrer das variadas profissões existentes.
Você, Professor – tão essencial, mas, tão desprezado – é amado por todos, mas odiado por muitos. A classe política que, também, (Alguns, não todos.) passou pelas suas calejadas mãos, lhe negam o devido apoio. Eles bem sabem que “gerir uma nação de analfabetos é muito mais fácil que gerir os que sábios se tornaram!” Isso – por si só – já é motivo mais do que “justo”(Sic!) para sofrearem o crescimento dos seus direitos de nobilíssimos Professores.
Ao tentar homenagear a nobilíssima Classe dos Professores, quero fazer a minha costumeira viagem de volta ao passado. Para tanto, pego o meu meio de transporte – as Asas das Minhas Elucubrações – e parto, célere, rumo ao saudoso passado da minha infância querida.
Agora, estou na sala de aula assistindo-a. A Professora é Dona Jalila Nedir – uma Mestra com linda tez cor de ébano! Tinha uma voz carinhosa, terna e com uma enorme carga de conhecimentos daquilo que lecionava-nos. Quantas e enormes saudades, querida e amada Mestra.
Lembro-me, também, da ótima Professora Dona Ângela Matos. Ela era pequerrucha, mas, brava que só! Com ela, o “escreveu não leu o pau comeu”, corria solto. E o “pau” era, na verdade, uma assustadora palmatória. Descrevo-a: Trata-se de uma “ferramenta (Confesso que, hoje, rio só de pensar na danadinha.) de tortura”, temida pelos bagunceiros. Ela se parece com uma colher de pau – só que um pouco maior – que traz em sua extremidade uma circunferência com uma porção de buraquinhos para aumentar a dor das pancadas que o arteiro aluno fizera por merecer. E era, aí, que o famoso pau – agora, palmatória – “comia solto” nas mãos dos bagunceiros!
Lembro-me, também, da excelente Diretora do Grupo Escolar Dr. Manoel Esteves: a senhora Carmem Garcia. À época, ela já demonstrava ter idade da sapiência. Era possuidora de uma beleza inconteste e uma altivez Vitoriana. O seu andar era apreciado por todos, ao vê-la passar. Os seus pés bailavam no ar a cada passo dado, como se numa passarela estivesse, e uma modelo fosse. O pé esquerdo era levado à frente, não sem antes, dar uma volta em rodopio sobre o pé direito, que repetia o mesmo movimento ao se avançar, agora, sobre o esquerdo. E aquele bailado era cadenciado por uma aura de encantamento e frisson nos homens e inveja nas mulheres.
Já, na minha vida acadêmica, tive inesquecíveis Mestres/Mestras. A Dra. Mary Mansoldo, emérita Mestra do Direito Penal, Dr. Bruno (Tchuris, para os mais íntimos.) é um “feríssimo dono” do Direito Constitucional. Ele é um caso a parte. Filho de uma família paupérrima fora criado por outra de melhores recursos. Todavia, na casa adotiva, não havia um cômodo que lhe servisse de quarto. Isso o obrigou a alojar-se na biblioteca da casa.
E fora neste atípico ambiente/quarto que ele desenvolveu o amor pelos livros – o seu único passatempo nas solitárias noites! Este amor o levou a abraçar a carreira de Professor.
Tive outros marcantes Mestres. Todavia, os citados, extrapolaram com os seus conhecimentos, carinho e atenções que vieram a torná-los marcantes em minha vida acadêmica e tão útil para toda a minha vida social e profissional. Muito obrigado, amados Mestres: Dra. Mary Mansoldo e Dr. Bruno!
A Digressão:
As Asas das Minhas Elucubrações – o meu meio de transporte – me avisam: -“É chegada a hora da digressão, temos que voltar!” – disseram-me!
Lamentavelmente retorno. Retorno e vejo o quão, hoje, o Professor é desvalorizado, desrespeitado pela classe política e, pelos maus educados alunos, verdadeiros protótipos de marginais. Muitos já são!
Permitam-me um adendo – ele se faz necessário: -Estava visitando um casal amigo. Na televisão está passando um jogo da Seleção Brasileira de Futebol. Em dado momento, saindo do quarto, adentra a sala uma das filhas do casal, à época com 13 anos de tenra e “aborrecente idade.” O sumaríssimo do seu traje (Se é que aquilo poderia ser chamado de traje.) era impressionante. Um minúsculo e curtíssimo vestido – confeccionado com um tecido sintético/elástico – se encurtava mais a cada passo dado, obrigando-a a dar uns puxões na barra, para que as partes pudendas não viessem a público. A maquiagem feita a tornava “mais velha”, fazendo parecer uma garota de 20, e não a dos 13 que tinha.
-Aonde você vai Betinha? – pergunta-lhe a preocupada mãe!
-Mãe, tá rolando um baile funk nas quebradas, e é pra lá que vou!
-O quê? Você não vai sair assim, feito uma periguete por aí! – dissera o furibundo pai e amigo meu!
Gargalhando – a menina de 13 parecida com 20 – respondeu “na lata”:
-Qual é, coroa! Num vem não, tá? Tchau... fui!
(E foi mesmo, para espanto meu!)
Atônito, vi e confesso: - Ela foi rebolando, sorrindo e puxando a minúscula veste. Ainda não era chegada a hora das partes pudendas aparecerem. O show de Strip-tease deveria acontecer lá no “Pancadão” do Baile Funk!
Este adendo pedido se fecha. As tristezas, contudo, se escancaram. O citado adendo tem por objetivo mostrar que a violência que grassa, sem graça alguma, nas escolas, tem o seu útero/mor dentro do lar. Os filhos já não têm mais obediência aos pais. Dos pais – cerceados pelas parvas leis – foram retirados todos os paternais poderes para sofrear os ímpetos crescentes dos desenfreados filhos. E eles crescem como sendo uma carreta sem freios, descendo uma ladeira íngreme e a todos atropelando: Pais, Sociedade e Professores!
Nas escolas, os Professores são os seus alvos preferidos. Os protótipos de marginais – alguns ou uma grande maioria já é – xingam e batem nos Professores, manda-os “tomarem no impublicável”. E tudo isso acontece sob a ótica destas tontas e parvas leis protecionistas, criadas para protegerem esta desembestada marginalidade desenfreada.
Os desinformados pais – culpando os Professores pelas más educações dos filhos – dizem:
-“O que estes Professores fazem nas salas de aula, que não educam os nossos filhos?”
Mal sabem eles, os pais, que a escola dá a cultura. Todavia, o Lar deve dar a tão sonhada educação. Mas – e sofreado pelas parvas leis protecionistas –, aos pais foram retirados o poder de punir (não com espancamentos) os erros praticados pelos filhos. Quando se tornam adultos, aí entra o Estado com os espancamentos na punição dos, agora, adultos marginais. Melhor seria que os pais educassem (sem a intervenção do Estado), para que o Estado não viesse a intervir na punição dos marginais que ele, o Estado, propiciou a formação!
E o coitado Professor que sofrera a agressão destes marginais – voltando à sala de aula no dia seguinte – vai encontrar o seu agressor rindo e contando vantagens pelo seu “bravo e heroico ato de ter batido no Professor”, recebendo os aplausos dos demais marginais/alunos. O Professor – com a cara inchada pela surra recebida – a tudo assiste sem que nada possa fazer! Não há uma lei, sequer, que o proteja que o abrace! Ele está sozinho! Ele está entregue à marginalidade! Ele é uma voz em busca do Vale do Eco. Vale do Eco para espargir o seu grito de socorro, não há! A sua voz não encontra ressonância e, por isso mesmo, não chega aos ouvidos dos mandatários desta nossa nação. E mesmo que a eles chegasse – os parvos mandatários – fariam aquilo que sempre fizeram e fazem: o chamado “ouvido de mercador!”
Acordem mandatários. Deem ouvidos e ouçam os Professores! Eles nada pedem além do merecido respeito, segurança e dignos salários para a sua sofrida classe possa exercer a sua indispensável profissão de ensinar!
A você, Nobre Professor, que sofre as agressões físicas e morais desta súcia de marginais protegidos; que sofre pelos descasos políticos que nada fazem por você e pela sua Classe; que sofre recebendo míseros salários enquanto os salafrários esbanjam o erário ao receberem fortunas salariais, para roubarem do povo e gozando das mordomias palacianas.
Você – sofrido Mestre e amado Professor – não é merecedor de tamanho descaso. Mas – e por ser um abnegado lutador –, você não desiste nunca! Nunca desista – lhe peço, imploro:
– O Mundo precisa muito de você, Amado Professor!
Você, Professor – tão essencial, mas, tão desprezado – é amado por todos, mas odiado por muitos. A classe política que, também, (Alguns, não todos.) passou pelas suas calejadas mãos, lhe negam o devido apoio. Eles bem sabem que “gerir uma nação de analfabetos é muito mais fácil que gerir os que sábios se tornaram!” Isso – por si só – já é motivo mais do que “justo”(Sic!) para sofrearem o crescimento dos seus direitos de nobilíssimos Professores.
Ao tentar homenagear a nobilíssima Classe dos Professores, quero fazer a minha costumeira viagem de volta ao passado. Para tanto, pego o meu meio de transporte – as Asas das Minhas Elucubrações – e parto, célere, rumo ao saudoso passado da minha infância querida.
Agora, estou na sala de aula assistindo-a. A Professora é Dona Jalila Nedir – uma Mestra com linda tez cor de ébano! Tinha uma voz carinhosa, terna e com uma enorme carga de conhecimentos daquilo que lecionava-nos. Quantas e enormes saudades, querida e amada Mestra.
Lembro-me, também, da ótima Professora Dona Ângela Matos. Ela era pequerrucha, mas, brava que só! Com ela, o “escreveu não leu o pau comeu”, corria solto. E o “pau” era, na verdade, uma assustadora palmatória. Descrevo-a: Trata-se de uma “ferramenta (Confesso que, hoje, rio só de pensar na danadinha.) de tortura”, temida pelos bagunceiros. Ela se parece com uma colher de pau – só que um pouco maior – que traz em sua extremidade uma circunferência com uma porção de buraquinhos para aumentar a dor das pancadas que o arteiro aluno fizera por merecer. E era, aí, que o famoso pau – agora, palmatória – “comia solto” nas mãos dos bagunceiros!
Lembro-me, também, da excelente Diretora do Grupo Escolar Dr. Manoel Esteves: a senhora Carmem Garcia. À época, ela já demonstrava ter idade da sapiência. Era possuidora de uma beleza inconteste e uma altivez Vitoriana. O seu andar era apreciado por todos, ao vê-la passar. Os seus pés bailavam no ar a cada passo dado, como se numa passarela estivesse, e uma modelo fosse. O pé esquerdo era levado à frente, não sem antes, dar uma volta em rodopio sobre o pé direito, que repetia o mesmo movimento ao se avançar, agora, sobre o esquerdo. E aquele bailado era cadenciado por uma aura de encantamento e frisson nos homens e inveja nas mulheres.
Já, na minha vida acadêmica, tive inesquecíveis Mestres/Mestras. A Dra. Mary Mansoldo, emérita Mestra do Direito Penal, Dr. Bruno (Tchuris, para os mais íntimos.) é um “feríssimo dono” do Direito Constitucional. Ele é um caso a parte. Filho de uma família paupérrima fora criado por outra de melhores recursos. Todavia, na casa adotiva, não havia um cômodo que lhe servisse de quarto. Isso o obrigou a alojar-se na biblioteca da casa.
E fora neste atípico ambiente/quarto que ele desenvolveu o amor pelos livros – o seu único passatempo nas solitárias noites! Este amor o levou a abraçar a carreira de Professor.
Tive outros marcantes Mestres. Todavia, os citados, extrapolaram com os seus conhecimentos, carinho e atenções que vieram a torná-los marcantes em minha vida acadêmica e tão útil para toda a minha vida social e profissional. Muito obrigado, amados Mestres: Dra. Mary Mansoldo e Dr. Bruno!
A Digressão:
As Asas das Minhas Elucubrações – o meu meio de transporte – me avisam: -“É chegada a hora da digressão, temos que voltar!” – disseram-me!
Lamentavelmente retorno. Retorno e vejo o quão, hoje, o Professor é desvalorizado, desrespeitado pela classe política e, pelos maus educados alunos, verdadeiros protótipos de marginais. Muitos já são!
Permitam-me um adendo – ele se faz necessário: -Estava visitando um casal amigo. Na televisão está passando um jogo da Seleção Brasileira de Futebol. Em dado momento, saindo do quarto, adentra a sala uma das filhas do casal, à época com 13 anos de tenra e “aborrecente idade.” O sumaríssimo do seu traje (Se é que aquilo poderia ser chamado de traje.) era impressionante. Um minúsculo e curtíssimo vestido – confeccionado com um tecido sintético/elástico – se encurtava mais a cada passo dado, obrigando-a a dar uns puxões na barra, para que as partes pudendas não viessem a público. A maquiagem feita a tornava “mais velha”, fazendo parecer uma garota de 20, e não a dos 13 que tinha.
-Aonde você vai Betinha? – pergunta-lhe a preocupada mãe!
-Mãe, tá rolando um baile funk nas quebradas, e é pra lá que vou!
-O quê? Você não vai sair assim, feito uma periguete por aí! – dissera o furibundo pai e amigo meu!
Gargalhando – a menina de 13 parecida com 20 – respondeu “na lata”:
-Qual é, coroa! Num vem não, tá? Tchau... fui!
(E foi mesmo, para espanto meu!)
Atônito, vi e confesso: - Ela foi rebolando, sorrindo e puxando a minúscula veste. Ainda não era chegada a hora das partes pudendas aparecerem. O show de Strip-tease deveria acontecer lá no “Pancadão” do Baile Funk!
Este adendo pedido se fecha. As tristezas, contudo, se escancaram. O citado adendo tem por objetivo mostrar que a violência que grassa, sem graça alguma, nas escolas, tem o seu útero/mor dentro do lar. Os filhos já não têm mais obediência aos pais. Dos pais – cerceados pelas parvas leis – foram retirados todos os paternais poderes para sofrear os ímpetos crescentes dos desenfreados filhos. E eles crescem como sendo uma carreta sem freios, descendo uma ladeira íngreme e a todos atropelando: Pais, Sociedade e Professores!
Nas escolas, os Professores são os seus alvos preferidos. Os protótipos de marginais – alguns ou uma grande maioria já é – xingam e batem nos Professores, manda-os “tomarem no impublicável”. E tudo isso acontece sob a ótica destas tontas e parvas leis protecionistas, criadas para protegerem esta desembestada marginalidade desenfreada.
Os desinformados pais – culpando os Professores pelas más educações dos filhos – dizem:
-“O que estes Professores fazem nas salas de aula, que não educam os nossos filhos?”
Mal sabem eles, os pais, que a escola dá a cultura. Todavia, o Lar deve dar a tão sonhada educação. Mas – e sofreado pelas parvas leis protecionistas –, aos pais foram retirados o poder de punir (não com espancamentos) os erros praticados pelos filhos. Quando se tornam adultos, aí entra o Estado com os espancamentos na punição dos, agora, adultos marginais. Melhor seria que os pais educassem (sem a intervenção do Estado), para que o Estado não viesse a intervir na punição dos marginais que ele, o Estado, propiciou a formação!
E o coitado Professor que sofrera a agressão destes marginais – voltando à sala de aula no dia seguinte – vai encontrar o seu agressor rindo e contando vantagens pelo seu “bravo e heroico ato de ter batido no Professor”, recebendo os aplausos dos demais marginais/alunos. O Professor – com a cara inchada pela surra recebida – a tudo assiste sem que nada possa fazer! Não há uma lei, sequer, que o proteja que o abrace! Ele está sozinho! Ele está entregue à marginalidade! Ele é uma voz em busca do Vale do Eco. Vale do Eco para espargir o seu grito de socorro, não há! A sua voz não encontra ressonância e, por isso mesmo, não chega aos ouvidos dos mandatários desta nossa nação. E mesmo que a eles chegasse – os parvos mandatários – fariam aquilo que sempre fizeram e fazem: o chamado “ouvido de mercador!”
Acordem mandatários. Deem ouvidos e ouçam os Professores! Eles nada pedem além do merecido respeito, segurança e dignos salários para a sua sofrida classe possa exercer a sua indispensável profissão de ensinar!
A você, Nobre Professor, que sofre as agressões físicas e morais desta súcia de marginais protegidos; que sofre pelos descasos políticos que nada fazem por você e pela sua Classe; que sofre recebendo míseros salários enquanto os salafrários esbanjam o erário ao receberem fortunas salariais, para roubarem do povo e gozando das mordomias palacianas.
Você – sofrido Mestre e amado Professor – não é merecedor de tamanho descaso. Mas – e por ser um abnegado lutador –, você não desiste nunca! Nunca desista – lhe peço, imploro:
– O Mundo precisa muito de você, Amado Professor!
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A Força do professor:Um Guerreiro sem espada,
Sem faca, foice ou facão.
Armado só de amor,
Segurando um giz na mão...
O livro é seu escudo,
Que lhe protege de tudo
que possa lhe causa dor...
Por isso eu tenho dito,
Tenho fé e acredito
Na Força do Professor!
(Bráulio Bessa)
Aos amados Professores e Professoras deste nosso silogeu Recanto das Letras, recebam os meus mais efusivos Parabéns pelo seu Dia do Professor!
Imagem: Google