O "halloween" e a imbecilidade
Existem duas coisas que estão me deixando maluca, uma é Windows 10, sensível, temperamental, quase intocável. Basta que eu me sente para escrever que o negócio dispara, louqueia, sai corcoveando ao menor toque e ainda abre duas páginas sinistras, que não acerto em mexer. Meu coração já “açulera”, fico “densa”. A outra é a proximidade do “halloween”. Estes hábitos de Halloween americanos não me saem da cabeça (dos gringos só gosto de Coca Cola, do ET e do Papai Noel). Será que não tem uma criatura de Deus que possa dar fim a esta coisa que nada tem a ver conosco, com os nossos costumes? E lá se vão as crianças, de novo, nesta cretinice americana cheia de abóboras, fantasmas e teias de aranha, como se não bastassem nossos mosquitos. Somos brasileiros, aqui tem Saci, tem Mula sem cabeça, tem o Boi, tem as Iaras, o Curupira, a Cuca, o Negrinho do Pastoreio. Mas não, insistem nessas aberrações estrangeiras, que nada têm com o nosso folclore. Suasssuna, Paixão Côrtes, Câmara Cascudo, Florestan e tantos outros, devem se deprimir ao ver tamanha palhaçada. Colonialismo dos infernos. Nosso “halloween” tem que ser brasileiro com pipoca, cuscuz, bolo de milho, tem que ter aipim, paçoca, tapioca, foguinhos com muitos traques – até oca – produto nacional das colheitas. Monteiro Lobato ia ficar muito puto. Mas como temos um país democrático, vamos ter que engolir as abóboras, com casca e tudo. A globalização dos infernos que vá cantar em outro terreiro, se eu fosse autoridade, ia pôr fim nesta zorra toda, proibir nas escolas essa coisa ridícula e sinistra. Acho que nem os nossos fantasmas usam camisolões com olhos furados, aparecem ao natural, sem se preocupar com modelitos. Fico tão indignada, que chego a ficar gaga, uma “leide gaga” tupiniquim. De tão furibunda, quando penso nestas coisas de abóboras e halloween, que sinto a minha pressão apitando lá pelos 24. Misericórdia!! Me tapo de nojo quando sei das crianças brasileiras batendo em portas e falando em “gostosuras ou travessuras”, um balde d’água pode resolver a questão ligeirinho, se é um filho meu, pego pela orelha e boto para dentro. Se este ano baterem aqui, vou enfiar uma paçoca na goela de cada um. Quanto às abóboras com caretas, quero que os “gringos” enfiem todas no... onde bem entenderem. Mas periga vir o pior, os mangás e morcegos, se conseguirem, vão ficar... Mas desta, estou fora, prefiro nem estar por aqui...