Dá-lhe Maria da Penha
A mão que um dia prometeu carinhos, hoje espanca.
A voz que outrora foi doce e melodiosa, hoje grita e xinga.
O homem que antes fora um príncipe, hoje é um monstro.
Tantas são as Acácias, Rosas e Margaridas, Violetas.
Tantos sonhos diferentes defeitos, tantas as noites mal dormidas ou em vigília pelos quatro cantos da cidade.
Não se resume às favelas o choro da mulher infeliz. Cobertas de seda e jóias, perfume francês e Versace no armário também são infelizes. A dor que oprime a uma, também dói à outra. Todas somos mulheres de uma mesma sociedade e todas devemos abrir as bocas e berrar bem alto contra a violência indiscriminada contra as mulheres.
Calar não nos vai levar a lugar algum.
Prisioneiras dentro de masmorras chamadas de “lar, doce lar”.
Coragem, mulheres valorosas!
Vosso sangue alimentou toda essa nação.
Não se sintam envergonhadas em denunciar os maus tratos sofridos. A vergonha não é vossa! A vergonha é de quem veste calças e se diz homem, mas que não tem coragem de encarar outro par de luvas de box do mesmo tamanho das que ele usa, e despeja nas mulheres sua frustração por sua covardia.
Coragem, mulheres valentes!
Dá-lhe Maria da Penha neles!!!