À música ÍNDIOS, da Legião Urbana
Quando jovens, temos em mente que os nossos ideais de luta serão transformadores. Acreditamos que o que pensamos e sentimos é o que todo mundo precisa para ser livre e feliz. Pensamos que o que está errado, só é errado porque não olhamos do ângulo certo, e tentamos dar valores absurdos ao que de fato, geralmente, não vale nada...
Mas, o tempo é impetuoso em quebrar escudos e desmontar trajes. E o que se revela quase sempre é oposto e cruel a tudo o que era fonte de uma nascente e vívida de vontade. As pessoas que em nós espelhavam-se tentam nos reavivar, pois muitas ainda estão na introdução de tudo o que já vivemos...
As vezes pensamos que se remendarmos os retalhos da vida, extrairemos o suco da verdade, da sinceridade, das possibilidades de alcançarmos o que pensamos ser bom para o mundo inteiro e as vezes nem pensamos em nós.
Quantas vezes tentamos simplificar um simples sentimento e o complexamos ainda mais. E buscamos alguém que possa nos entender e que depois não torne isso tudo público de forma distorcida ou que por ignorância não nos julguem como loucos, iludidos, mentirosos, maldosos, bestas e etc. E nos vemos sozinho até mesmo quando temos alguém. Salomão tinha seiscentas esposas e quatrocentas concubinas, criou a Sulamita do livro de cantares, para ter alguém ao seu lado que o completasse. Pessoas inteligentes são solitárias e tristes e na maioria das vezes fantasmas...
Mas as dores da crueldade do amadurecimento nos torna mais fortes, mais confiantes em nós que nos outros. Um pouco egoístas talvez. Com nosso próprio propósitos, firmes em nossas próprias convicções; livres de influencias alheias. As vezes feliz, as vezes só seguindo...
Nos sobra as vezes as lembranças de oque um dia fomos, e o que um dia foi nosso verdadeiro ideal. As página das lembranças nos remetem a uma alegria que nos preenche de saudosas e gostosas sensações de vida. E aí olhamos, mesmo em meio a tanta emoção, que ficou para trás, que muitos embarcaram conosco e não conseguiram ver a hora de crescer emocionalmente, e se foram a deriva. Mas posso dizer, que você que lê este texto e eu, tivemos "sorte".
Ubiratã Pinto