Por que você escreve poesias?
Foi a pergunta de uma amiga leitora.
Questionava por que depois do meu SOU DO BEM, não havia escrito outros livros no mesmo caminho, no mesmo sentido.
Foi uma obra de inspiração superior, quiçá divina, lhe disse e livros como esse não são criados, eles simplesmente nascem.
As poesias também, apenas nascem na alma fértil do poeta.
Ademais, elas, ou por elas, pode-se falar sobre tudo ou sobre nada.
Podemos esclarecer filosofias, colorir ou escurecer nossos dias e criar novos mundos requintados por versos e ornados ou não por rimas.
A poesia é o canal mais rápido entre o homem e seu criador, seus anjos e os seus demônios.
Muito valor se dá à prece, às orações e até às canções.
Mas não seriam a maioria delas também um tipo de poesia?
E não são apenas as poesias ricas, mas as pobres que nos cercam o tempo todo.
Podemos descrever um átomo poeticamente e até a morte viraria algo belo e admirável.
Na poesia temos o início, o meio e o fim.
Nela todos os medos podem ruir ou começar.
Através da mão do poeta amores são perpetuados, vinganças concebidas, crimes cometidos ou evitados.
A poesia não é a alavanca que move o mundo, mas é a que move nossas almas da Terra para o além.
E não é que me chamam por aí de poeta, embora a maioria da minha obra seja de prosa?
Sei lá, vai ver é por que, no fundo, a poesia é a causa de tudo...