Neymar o fim?
A velha imprensa esportiva brasileira é obscecada por ídolos do futebol. Mas ao mesmo tempo que eles transformam plebeus em príncipes, eles lhe tornam vilões.
O Brasil sempre foi um cultuador de personalidades. Desde Pelé, Garrincha, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Barbosa. Depois do 7 x 1, e das capturações políticas, a nossa paixão pela seleção brasileira e pelo futebol em si foi se esvaindo.
Agora queríamos a todo custo alguém que nos salvasse das humilhações. Não éramos mais páreos para o futebol europeu, a nova Meca do futebol.
Mas surgiu Neymar. Da Vila Belmiro desde garoto já encantava com seus lances clássicos. E assim se criou um monstro da bola. Um craque puro sangue brasileiro. Mas com sangue quente, com cai cai foi irritando a crônica mundial.
O seu futebol de encantos conquistou os catalães e ele fez trio com Messi e Suarez. Mas de um hora para outra veio o PSG e o levou. Como era possível deixar os torcedores do Barcelona assim?
Mas as contusões, as noitadas, as polêmicas foram afastando não só a imprensa, mas também o torcedor. E então surge um Neymar acima do peso, sem a mesma agilidade de antes. E uma declaração choca o mundo desportivo. O camisa 10 brasileiro disse que não consegue mais jogar uma Copa do Mundo depois de 2022.
Logo a mídia que o detonava, começa a sentir que vai ficar sem o seu maior assunto. O menino Ney de dribles e gols belíssimos disse que não aguenta mais a pressão. Deve ser difícil mesmo, ter que sempre se provar o melhor a cada semana e não conseguir agradar a todos.
Mas também tem haver com um pouco do estilo do nosso futebol. Chega um tempo que os jogadores querem aproveitar seus ganhos financeiros sem ter ninguém cobrando deles.
Sem o Neymar qual a alegria que teremos em ver a seleção jogar?