AS DEZ PRAGAS
AS DEZ PRAGAS
Será que há alguma semelhança entre o momento atual e as “Dez Pragas do Egito”? Não. Não estou brincando.
Assistindo hoje na televisão a um documentário realizado por cientistas pesquisadores do texto bíblico, fiquei severamente impressionada. Eles chegaram à conclusão devastadora:
As dez pragas descritas no texto não ocorreram numa sequência de rápido intervalo. Não. Elas tiveram entre si, um razoável espaço de tempo.
Segundo os cientistas, as provas que registram esta afirmação estão nas amostras de solo dos terrenos retirados que indicam ter havido, inicialmente, uma seca impiedosa que gerou a desagregação social. O Faraó Ramsés II teve nos seus primeiros dez anos de governo as benesses do clima e, portanto, paz e fartura. Tudo mudou com a seca que assolou as terras egípcias.
O delta do rio Nilo e toda a sua extensão e afluentes passaram a receber ventos trazendo enormes quantidades de areia. Assim, os rios assoreados não mais atendiam às necessidades vitais de irrigação. A seca foi devastadora. As generosas enchentes do Rio Nilo deixaram de fertilizar o solo de suas margens e de matar a sede do seu povo.
Com a seca chegaram os insetos como pragas e entre elas, nuvens de mosquitos. Sem alimentos, sem água, atacados por moléstias, até então desconhecidas, a população debilitada começou a se dispersar. As crianças foram as primeiras a sucumbirem. A Bíblia narra a morte do filho do Faraó, entre tantas. Os cientistas apontam a Malária, com destaque.
Toda a tragédia está registrada nas entranhas da terra. Nas montanhas cavadas. Nas cavernas. Nas preciosas estalagmites exibidas na tela da TV.
O Egito entrou em decadência.
Muitos corpos ainda são encontrados pelas areias do deserto. Sucumbiram no desespero da fuga. Mulheres abraçadas aos seus filhos.
Os pesquisadores documentaram suas pesquisas com amostras colhidas e estudadas em laboratórios. A intenção deles era provar que todo este drama ocorreu em etapas distantes entre si, numa sequência dramática: a praga da seca, a praga dos insetos, a morte das crianças,crianças e adultos, a desagregação social, o fim do esplendor de uma civilização.
Talvez o fenômeno no Egito tenha cumprido apenas seu natural destino. Ou talvez, os egípcios tenham abusado de sua fonte natural de sobrevivência.
Nosso planeta tem vida própria. Seu clima cria desertos, vulcões, penhascos , florestas, ilhas, lagos, oceanos, abismos.. A Terra é poderosa e decide suas questões, sem levar em consideração nossa frágil existência. Ocorre, às vezes imagino, que nós poderíamos contemporizar, isto é, dar-nos a oportunidade de usufruir por mais tempo do modelo de Natureza que está a nossa disposição, sem transtorná-la tanto.
Os egípcios podem, sem intenção, ter provocado seu “sagrado” rio Nilo. Devem ter sugado suas margens na construção de suas Pirâmides, talvez. Não sei. Ou desviando suas águas na construção de canais. Alguma coisa aconteceu para desencadear a fúria natural. Para provar a insignificância humana. Acho, sinceramente, que corremos o risco de quando em vez, sermos interpretados como seres nocivos e aí, condenados ao extermínio. É quando, a Natureza investe contra sua própria criação.
Preste atenção!
Houve no Egito - a seca, pragas de insetos nas lavouras, pragas de mosquitos. Logo houve as febres que os cientistas comprovam com a presença da Malária. Será que houve “Zika”? Chicungunha? Quantas crianças morreram!Quantos adultos também!
Derrubamos nossas florestas. Secamos nossos rios. Aterramos pântanos. Na busca por minérios sugamos o solo, ferimos o mar manchando suas entranhas com o negro óleo. Exterminamos espécies de animais e vegetais!
Cobrimos de lixo oceanos, rios, solos, etc.
Crianças estão sendo vítimas inocentes e adultos estão sofrendo as doenças causadas por mosquitos.
Nossas chuvas estão irregulares. Há secas e inundações. O calor insuportável Os meteorologistas em pânico avisam que este será o ano mais quente que já ocorreu. Enquanto tempestades de neve são anunciadas como “nunca antes ocorridas com tamanha gravidade”.
Responsabilizam o “El Niño”, fenômeno intensificado pelo aquecimento global. Terá sido este processo acelerado por nós? Causado por “nossa” poluição? Quem sabe.
O certo é que a Terra nunca teve uma população humana tão numerosa. Para que seja mantida, “sustentada”, é preciso cada vez mais recursos.
Qual será a intenção da Terra?
Que tal olharmos lá atrás? Só um pouquinho.