SOBRE A POLÊMICA DE DISTRIBUIÇÃO DE ABSORVENTES

Lembro de mamãe e dos familiares mulheres com seus pedaços de panos brancos no varal. Eram feitos de sacos de farinha, destes que fazem guardanapos de pano e vendem nas esquinas, assim também era as fraldas.

Na mesma época estudei em duas escolas onde não havia água encanada, uma delas, a municipal de Viamão, tinha uma casinha unisex que funcionava como banheiro, ou tu levava o teu papel higiênico ou usava pedaços do Correio do Povo, com direito a leitura enquanto estava no trono!

Já a estadual a água era colocada na caixa de descarga manualmente. Ajudávamos a Dona Gessi e a outra funcionária a carregar as latas com água, desde uma bica, por um percurso de 60 m.

No ginásio as turmas que entraram em 1969, estudaram durante seis meses, em salas sem vidros nas janelas e com o piso direto no concreto, nas escadas e salas de aula.

Pois bem, o negócio era estudar.

Que bom que todos voltassem a estudar, nem que fosse usando paninhos, coisa que as mamães devem fazer, pois se não tem para as filhas também não deve ter para elas.

Enquanto o ensino presencial começa, provavelmente se encontre uma solução!

A vanguarda da distribuição começou pelo Rio de Janeiro, mas os demais querem que o Governo Federal distribua recursos, então tornaram o caso dos absorventes numa discussão politica.

Tomara que, se houver a distribuição, que ela não se transforme tipo arroz com salsicha no almoço e chá com 4 bolachas no café da manhã!

ItamarCastro
Enviado por ItamarCastro em 08/10/2021
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