O que fazer
E aqui estamos todos. Como num barco a deriva, na escuridão do oceano que nos conduz sabe-se lá pra onde. Na cabeça de todos, apenas a certeza de que, em algum lugar logo à frente, um Ice Berg nos recepcionará. Sem fogos de artifícios para uma acalorada boas vindas, porém, certo estamos todos: será uma estrondosa chegada. E assim seguimos. No compasso medonho do medo do inesperado, quer dizer, não tão inesperado, apenas adiado, porque desde que nos colocamos como senhores do mundo, nada se manteve incólume. Agimos como predadores. Poluímos nossos pulmões e nossa atmosfera como nada se alterasse com nossa arrogância. Predamos a vida como o vírus a célula. Somos, e ninguém mais, os destruidores dos mares, rios, florestas. Manipulamos animais e plantas como se tudo estivesse a nosso dispor. Não. Não somos os donos do planeta. Somos inquilinos. Nossos vizinhos são as plantas, os animais e tudo que aqui há. Estamos num barco a deriva. Não há escapatória. Culpa nossa.