A idade e a Tecnologia

Me observando e observando os mais variados tipos de outros adultos, comecei a verificar que existem necessidades que são comum a todos e que, de certa forma, dificultam suas vidas em termos pessoais, emocionais e profissionais.

Tenho também chegado à conclusões que, para eles, realizar uma mudança que permita suas saídas do escuro para um ambiente iluminado, em termos de conhecimento, custa apenas uma decisão, já que estamos falando de pessoas experientes, decididas e vencedoras de inúmeros outros desafios, nas áreas de conhecimentos que abraçaram ao longo de suas vidas.

A tecnologia das coisas, que aparece como grande vilão, é um desafio que, em geral, precisa ser vencido por estes adultos, pois, embora sejam filhos das gerações que as criaram, elas não conseguiram ensiná-los na medida em que as coisas iam sendo realizadas, já que todos estavam ocupados em atividades que eram reais e necessárias e, que se faziam bem mais urgentes naquele momento.

Chego a acreditar que a solução desse problema educacional de adultos, se trate claramente de um caso de utilidade pública, pelo número significativo de pessoas com 30 anos ou mais anos, que não conseguem desenvolver meios para acompanhar adequadamente o ritmo do avanço tecnológico.

Vale também concluir que estas dificuldades tendem a ampliar ou, no mínimo, permanecer por muitos anos, tendo em vista que os números populacionais de pessoas idosas crescem a cada dia.

Claro que daqui há alguns anos, quando a geração atual estiver na condição de adulto/idoso, este problema irá reduzir, mas, jamais podemos considerar que eles desaparecerão por completo, pois, em geral, as pessoas tendem a se profissionalizar em assuntos específicos, deixando a guarda aberta, mesmo que de forma involuntária, para a fuga de muitos outros, importantes no convívio dentro do meio em que habitam.

A ampliação das comunicações através das redes sociais, mudando o jeito de falar com pessoas próximas ou distantes, de se adequar as atividades profissionais, de pesquisar os assuntos publicados, de planejar trabalhos e viagens, de monitorar pessoas, animais e coisas, de gerenciar contas bancárias, de criar e armazenar textos, fotos e filmes e de reduzir a solidão, atingiram velocidades que surpreendem até mesmo aqueles que possuem o acompanhamento disso tudo como prática, imagine, as pessoas que foram tomadas de surpresa e que, de uma hora para outra, viram suas práticas invadidas por ferramentas especiais, modificando a realização das atividades nas quais elas reinavam tranquilamente, mudando inclusive o dialeto da sociedade que elas mesmas ajudaram a desenvolver.

Me considero uma pessoa que pegou o bonde da tecnologia ainda bem próximo da estação de partida, no entanto, tem momentos que me sinto um ET desolado frente a este fato, que considero tão básico e fundamental, por um motivo óbvio, faço parte de um grupo que muitas vezes se sente falando sozinho, mesmo tendo muita gente do seu tempo ao seu redor, isso porque, elas possuem assuntos de extrema relevância, mas, lamentavelmente, evitam a todo custo usar as ferramentas adequadas e atualizadas, que são minhas práticas, por um motivo que desconheço, já que não é por incapacidade, tendo em vista que falo das pessoas capazes, como já disse, com as variadas experiências, habilidades e conhecimentos.

Nos últimos dias tenho refletido muito em cima do tema “atualização do conhecimento de adultos”, daí, em meio a muitas pesquisas, cheguei a palavra ANDRAGOGIA, que eu desconhecia por completo, mas, de alguma forma sentia sua presença e, além do mais, acreditava que alguma coisa estava sendo trabalhada nos bastidores do conhecimentos pelos pensadores.

A definição de ANDRAGOGIA que mais aparece nas muitas dicas que recebi, é que ela se trata da arte e da ciência de ensinar o adulto aprender.

O adulto tem pressa e objetivos definidos e, sendo assim, ele não perde seu tempo para aprender qualquer coisa, somente aquilo que resolve um problema real seu.

Não saber utilizar as ferramentas comuns que são cobradas cada vez mais pelas empresas e, que estão sendo empregadas pelos filhos, netos e outros, em termos de tecnologia, é algo que tira o sono dos adultos/idosos, de forma lúcida ou não, muito embora elas consigam driblar essa falta se valendo de outras coisas, usando técnicas com base nas experiências e significados que adquiriram ao longo da vida.

Estou disposto a trocar experiências com adultos na área de tecnologia, pois, acredito que se alinhados com ela, eles irão se ajudar e ajudar cada vez mais os jovens no início de suas vidas.

Tenho 59 anos, casado a 29, temos um casal de filhos, sou engenheiro mecânico, trabalhei em grandes empresas, fui voluntário em entidades beneficentes e empresas sociais, montei, fiz crescer e quebrei muitos negócios, milito na área do meio ambiente, através do trabalho de informação sobre a energia solar, sou usuário de computador, desde a segunda metade dos anos 80, uso internet e celular desde a sua chegada na sociedade, sou apaixonado pelo nordeste e por sua cultura, fã número um de MPB, forró e brega, tenho uma infinidade de blogs, perfil em várias redes sociais, sou administrador de várias redes sociais, com destaque para o instagram @coletivoufc, onde valorizo a relação entre a comunidade e essa universidade e, também, sou aluno do 6º semestre de Física (Licenciatura) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Se aprender ou ampliar alguma coisa na área da tecnologia interessa a você ou, você acha que interessa a alguém do seu convívio, em termos do uso das redes sociais, deixe um comentário nesta postagem sobre o assunto . Prometo que, assim que eu tiver algo preparado de forma adequada, entro em contato para te dizer o que é e, como as pessoas podem participar.

Obrigado pelo saco de ler todo o texto até o fim. Fui...

jrogeriobr
Enviado por jrogeriobr em 07/10/2021
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