O mundo e os novos barcos - BVIW



Que pertence a todos e a ninguém pertence, deve ser como a roda gigante, como o trem que passa sem apitar, como uma ponte que une e quebra, nada espera e é cúmplice de tudo, querendo ou não explicar seus meios e fins.

Este mundo de caras pálidas ou mestiças, caras orientais, ocidentais que vão se misturando em múltiplas faces com ou sem coerências, cada uma com suas crenças. E o que une estes continentes além de mares, montanhas e andares? A música e o que elas representam segue como alternativa. We are the World teve a intenção de angariar fundos para diminuir a fome. Outras canções como Gracias a lá vida, imagine ou What a Wonderful World vieram para nos tocar com suas belezas.

Mas nada de esquecer que canções menos significantes que garota de Ipanema, tais como Vai Malandro ou Ai se eu te pego e Despacito, também ganharam o mundo. Vez ou outra vozes culturais com menos ou mais viés político e sociológico acabam por representar um povo e seus costumes. Seja por protestos ou por conformismo barato regado a churrasco e a cerveja.

As músicas de sofrimento amoroso curado com bebidas batem recordes de venda. Ganha quem vende e quem a fabrica. Um povo domesticado bebe até perder a vida. Os mais antenados se voltam para as canções do passado ou as procuram em novos barcos. 

 

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 05/10/2021
Reeditado em 29/11/2021
Código do texto: T7357086
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