Corre ligeiro. Tem pressa de partir. Está sempre em crescente movimento. Entre conflitos e incertezas, em alguns momentos se permite remanso. São os dias de festa universal, quando se celebra o amor e renovação na terra. No entanto, não dura muito essa alegria. Sofre de constante estresse, o que impede de haver paz permanente. E nos sacoleja sem piedade! Porque se nos deixa quietos, estacionamos. A prostração ganha espaços, e a tristeza faz estragos. Por isso ele dispara, e pouco para, pois bem sabe que somente em atividade se vai lutando à busca de objetivos, de concretização de sonhos, e de tentar elevar o espírito. O próprio e o dos que se ama.  O mundo, esse trem desgovernado, nos transporta até a última estação. Ao fim da linha. Da vida. Parada obrigatória.




Tema proposto pelo BVIW: Um trem chamado mundo.

Adendo: para mineiros, trem é tudo, todas as coisas, mas para mim, carioca, usei trem no sentido transporte mesmo.rs