_____Na Bolota do Mundo


Na fala do bom mineiro, longe dos conceitos e definições, o Mundo é só um trem, e está tudo certo. Mas vale dizer que é um trem doido demais da conta, grande pra encardir e custoso de abarcar. E nesse trem, convenhamos, cabe um bocado de outros trens: quem conhece um pouco sobre as coisas desse mundão, há de saber. É tanto trem que custa a caber até na imaginação: terras, águas, desertos, cânions, montanhas, geleiras, vulcões, fauna e flora... Ah,  cabem trens nesse Mundo, viu!

E as gentes? Aí é que embonitece mesmo! E se não existir a palavra embonitece, julgo por bem inventá-la só para falar  das gentes. De todas as raças, de todas as cores, de todos os credos, as gentes humanizam o que já veio bonito de nascença. Em cada estação continental, povos se tatuam na identidade do próprio modus vivendi, deixando marcas, contando histórias.

O Trem Mundo é amplo, rico, belo, místico e mais uma porção de trem difícil de nomear. O Mundo pode até  parecer infinito, mas para Alessandra Araújo, uma moça do Tocantins, que vem se destacando na mídia pela singeleza de seu humor rural, ele é só uma bolota a mais na imensidão do que nem sabemos o que é. E nós? Somos só alguns pontinhos perdidos na bolota azul desse trenzão chamado Mundo. E o Mundo é azul? Sei lá! Isso é um trem que a gente pode discutir noutra hora.



Tema da Semana: Trem Chamado Mundo - Crônica