O JOGO RADICAL INDO “POR ÁGUA ABAIXO”
Há quem diga que permanecer em cima do muro pode ser perigoso! Isto é, pode parecer que a pessoa não saiba sobre qual dos lados deva ficar! Em contrapartida, aqueles que se julgam extremistas tendem a fazer um jogo radical e o desenvolvimento do processo pode até mesmo ir “por água abaixo”. De certo que é possível buscar um dos lados sem evocar extremismos e sem a ideia de balanço da gangorra! Pode ser que agir assim não seja tão fácil como pareça! Afinal tomar decisões requer visão madura e desenvolvida sobre um devido assunto ou situação. O escritor austríaco, Kar Kraus, afirma que “o fraco fica em dúvida antes de tomar uma decisão; o forte, depois”. Contudo ao tratarmos de vidas e de pessoas todo cuidado é indispensável para que haja o saneamento de conflitos, a resolução e a conciliação de casos em desarranjo.
Compreendemos que cada um de nós dispõe de suas razões ao defenderem uma ideia. Porquanto poderá haver questionamentos sobre a forma que se faz a defesa dessas crenças e afirmações. Alguns de nós demonstramos estar preocupados apenas em expressar seus anseios e preocupações sem realmente analisar o ambiente, a situação, o ânimo das pessoas presentes. Isso faz toda a diferença para que uma ideia seja bem aceita ou não. Acreditamos que ao sermos firmes em nossas palavras poderemos em alguns momentos ganhar força e compreensão dos outros. No entanto pode ser que incisão extrema em palavras no que tange ao tom e até a expressão corporal em alguns momentos pode ser, por vezes, encarado como algo maléfico e causar estragos a si e aos outros. Nessa hora também se faz pertinente o desenvolvimento da empatia em relação aos sentimentos alheios de cada um que se encontra para tratar sobre assuntos em lide.
Vale dizer que ao nos posicionarmos teremos aliados ao nosso lado, todavia podemos ter aqueles que discordarão veemente de nossos dizeres e de nossa forma de agir. É preciso igualmente estarmos preparados para sermos questionados e levarmos “flechadas de todos cantos ao apresentarmos pontos positivos e pontos negativos, quando então nos colocamos definitivamente do lado de uma situação. O filósofo alemão, Friedrich Nietzsche, nos alerta que “uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos melhores contra-argumentos: sinal do caráter forte. Também haverá uma ocasional vontade de se ser estúpido”. Então decidir requer mais do que inteligência, requer experiência e visão. Pode ser melhor nos cercarmos de todas as nuances antes de tomarmos uma decisão do que ter que depois vivermos a dar explicações incoerentes sobre ações e omissões adotadas.