Memória Fotográfica
Manhã de domingo, aquele Sol, facilmente encontrável aqui no Nordeste, nos sugerindo uma praia. Após acerto com meu filho Cleber e sua namorada, optamos por uma praia mais tranquila. A escolhida foi Muriú, mais precisamente a Lagoa de Jacumã. Poderiam ter rodado lá aquele filme: Lagoa Azul. Realmente um lugar de impressionante beleza. Após um rápido mergulho (para tirar a poeira), fomos nos aboletar numa barraca de palha, misto de bar e pousada. Era uma barraca grande, com inúmeras redes estendidas onde poderíamos ficar confortavelmente. No meio da conversa fiquei sabendo que a companheira do Cleber possuía o que se denomina de memória fotográfica. E sem aviso, perguntou-lhe o que havia por trás dela.
Boquiaberto, a ouvi descrever em detalhes, que eu, que estava sentado de frente, não havia visto ainda. Falou cores de redes, que uma dela tinha impresso o escudo do Fluminense, e, sem olhar, começou a descrever o que havia na beira da lagoa, as sombrinhas, as crianças brincando, tudo acompanhado das cores das roupas e das sombrinhas. O nome dessa pessoinha rara (que deve estar usando uns 11 por cento do cérebro) começa com a letra A, e é nome de uma bela canção italiana. Mais não digo porque não estou autorizado.