O mundo no veículo claro
Não sei se pela preamar ou pelo preamar. Não sei se ainda ou embora. Não sei lhe é garantido ou se lhes é garantido. Não sei se tapamento ou fechamento. Não sei se o mesmo terá lugar ou o mesmo ocorrerá. Não sei se terá espaço o disposto ou observar-se-á o imposto. Se sob o fundamento de que é excessiva ou a pretexto dela ser excessiva. Se a compensação terá lugar ou efetua-se. Não sei se exigindo ou exigir. Não sei se tem lugar este benefício ou não corre este melhoramento. Se o mesmo terá sítio ou correrá outro tanto. Sei que estou vivo mero diletante.
Não sei se terá em conta ou se terá em mira. Tanto mais vivo sobre desarmônica redação obscura. Detalhe que permanece ligado à crase descabida. Existente. Subsistente quando perco palavras entre três versos por uma. Compreendo a ambigüidade no calor da omissão por incongruência da má composição.
Pela inversão do pensamento corro o dia. Buscando acréscimos na ausência de pontuação. Repetido e só na lacuna tipográfica bem como algum em vez de todo onde passo. Há discordância entre verbos das expressões impróprias. As sem razões das horas de lirismo não se pode. Mal se pode. Muito se pode. Pouco se pode. Nunca se pode. Quando ouvimos o coração e a seqüência gradual da melancolia exata. Extra! Ninguém é capaz de levar mais longe a saudade imediata e mestra. Quando agora, sendo a interrupção da ação, percorremos o mundo no veículo claro. Venham, pois os livros, os autores, os melhores exemplares. Os olhos cumprem o seu mandato.
Não sei conforme as regras. Gasto meu sorriso degelado sem entendimento que abranja esse não vir. Esse não saber o traje doméstico da noite fria como o livro roubado de bronze de Drummond na praça perdida da geografia. Que me quero mais que ter essa palavra amiga? Não sei se vou amanhã ou se volto. (Devedor privado sem sustentação da vitória já passada). Não sei se sonho ou se pesco ou se me entrego ao vinho aéreo do primeiro espanto.