Cápsulas do tempo
Aluu! Inuugujaq meus caros 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez aparecem aqui pelo meu botequim literário a fim ler crônicas filosóficas de almanaque. Ajunngilla?
Somos, cada um, um raio de luz finito passando por esse plano físico. O registro para a eternidade será débil e impreciso, mesmo em se tratando da eternidade possível, se é que ela existe de fato em termos como é concebida no pensamento humano, radicalmente finito.
O que de nós fica é a parte de nós que reproduzimos em comunhão, nossos filhos e netos, para o porvir. Eles estarão aqui quando não mais estivermos. Tenho clara a imagem dos meus avós pelo testemunho de meus pais, mesmo sem os ter conhecido e, assim, os amo e admiro, os Braga e os Bacamarte. Os pequenos que me conhecem agora serão minhas capsulas do tempo, seja lá o que isso signifique e importe. Pelo menos para eles importará, da mesma forma, talvez, que as pessoas do meu passado que vivem no meu pensamento e na minha lembrança a mim importam.
Nós mesmos significamos algo para nós mesmos no nosso tempo presente, em que vivemos, ele que carrega a energia do sentir e do pensar, em suma, de viver, enquanto sobrevivemos e existe o nosso ego consciente. Esse pensamento não é original em sua essência, mas é pertinente. Isso chega e basta, por hora. E, quem sabe, seja tudo o que bastará no futuro, por um tempo, o tempo mesmo em que bastará.
Nossos amigos que chegarem a mais extrema idade, as crianças que nos conheceram e aquelas a quem formos revelados pela lembrança de outrens, serão nosso significado futuro. A cápsula do tempo que, de verdade, existe, é essa. Arqueologia humana possível. O resto são pedras velhas, impessoais.
Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!
PS - Nas Imagens acima, a tenente Ellen Ripley, em Aliens (de James Cameron, 1986), após ficar hibernando 57 anos, volta ao presente e defende o futuro.
----- * -----
Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.
MAIS TEXTOS em:
http://charkycity.blogspot.com
(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)
CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores:
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862
GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.
Antônio Bacamarte
Aluu! Inuugujaq meus caros 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez aparecem aqui pelo meu botequim literário a fim ler crônicas filosóficas de almanaque. Ajunngilla?
Somos, cada um, um raio de luz finito passando por esse plano físico. O registro para a eternidade será débil e impreciso, mesmo em se tratando da eternidade possível, se é que ela existe de fato em termos como é concebida no pensamento humano, radicalmente finito.
O que de nós fica é a parte de nós que reproduzimos em comunhão, nossos filhos e netos, para o porvir. Eles estarão aqui quando não mais estivermos. Tenho clara a imagem dos meus avós pelo testemunho de meus pais, mesmo sem os ter conhecido e, assim, os amo e admiro, os Braga e os Bacamarte. Os pequenos que me conhecem agora serão minhas capsulas do tempo, seja lá o que isso signifique e importe. Pelo menos para eles importará, da mesma forma, talvez, que as pessoas do meu passado que vivem no meu pensamento e na minha lembrança a mim importam.
Nós mesmos significamos algo para nós mesmos no nosso tempo presente, em que vivemos, ele que carrega a energia do sentir e do pensar, em suma, de viver, enquanto sobrevivemos e existe o nosso ego consciente. Esse pensamento não é original em sua essência, mas é pertinente. Isso chega e basta, por hora. E, quem sabe, seja tudo o que bastará no futuro, por um tempo, o tempo mesmo em que bastará.
Nossos amigos que chegarem a mais extrema idade, as crianças que nos conheceram e aquelas a quem formos revelados pela lembrança de outrens, serão nosso significado futuro. A cápsula do tempo que, de verdade, existe, é essa. Arqueologia humana possível. O resto são pedras velhas, impessoais.
Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!
PS - Nas Imagens acima, a tenente Ellen Ripley, em Aliens (de James Cameron, 1986), após ficar hibernando 57 anos, volta ao presente e defende o futuro.
----- * -----
Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.
MAIS TEXTOS em:
http://charkycity.blogspot.com
(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)
CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores:
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862
GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.
Antônio Bacamarte