CONHECIMENTO
 

  Eu sempre me considerei um autodidata em termos de aprender como fazer as coisas existentes no mundo. Mas hoje com 78 anos, eu fiz vários cursos para aperfeiçoar os meus conhecimentos autodidatas. Mas mesmo assim eu ainda me considero um inventor, um descobridor das coisas assim como estou inventando o meu livro biográfico, e continuo a inventar ou tentar melhorar tudo aquilo que aprendo. Quando alguém pretende fazer algo pelas suas próprias habilidades, tem que observar e estudar com detalhes para não ter surpresas desagradáveis como eu já tive.
 
Encerrei a minha carreira como estudante, um erro meu, quando estava no ginásio, e achava que sabia tudo, e até na época, para quem tinha estudado inglês, francês e latim que fazia parte do estudo fundamental, dava para conseguir um bom emprego, e eu consegui, mas não tinha aquele esforço e vontade de continuar estudando. Reflexos de um autodidata. 
 
Apesar de eu não continuar os estudos, eu queria aprender muitas coisas, e fui fazendo aquilo que eu desejava aprender, e estudando por conta própria e fazendo alguns cursos técnicos.
 
Um dos cursos que mais me absorveu tempo foi de técnico em Judô. Levei mais de 1O anos para tornar-me faixa preta e outro tanto com cursos pós faixa preta, até chegar ao quarto dan. Exerci a função de técnico em Judô durante 35 anos.
 
O primeiro curso que fiz, foi como tocador de acordeão, quando ainda era jovem, e depois segui por conta própria, e posteriormente passei a tocar flautas e estas sim usando alguns conhecimentos de musica aprendidas com as aulas de acordeão, desenvolvi as técnicas como autodidata.
 
Como escultor, iniciei de forma autodidata, mas tive que matricular-me no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, onde estudei desenho e escultura, aperfeiçoando as técnicas do uso das ferramentas de desenho e de escultura, mas sempre na escultura o uso de técnicas e formas próprias, é o que dão vida as criatividades. Idéias para criar se aprende olhando o mundo. 
 
Um autodidata tenta criar, obras, executar e dar o seu toque pessoal que só um autodidata consegue, mas poderá ter surpresas agradáveis ou não, mas busca através do querer aprender, colocar para fora toda a sua criatividade latente para ver pronto tudo aquilo que deseja apresentar para si e para o mundo, e não ficar muito tempo em escolas, onde se aprende muito, mas também se aprende muito daquilo que não queremos aprender.
 
Fiz cursos em Luta Olímpica, no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia e Belo Horizonte, e estudei por um mês na cidade do México, mas sempre colocava a minha dose pessoal em tudo o que aprendia com cursos, ou seja, eu nunca deixei de ser um autodidata nato.
 

Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 25/09/2021
Reeditado em 06/11/2021
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