MUITA GENTE DESCONHECE QUE SABIÁS NÃO SÃO DE HÁBITOS NOTURNOS!

Do pouco que sei sobre os escritos de padrões que deveriam nortear a educação, limita-se aos de Jean Piaget. Agora com o amaldiçoamento de Paulo Reglus Neves Freire, comecei a ler sobre ele e seus escritos!

Como uma coisa puxa outra, também estou lendo sobre outros ditos educadores.

Já de prima dei-me conta que nenhum deles reservou um espaço em seus escritos, para pregar o banditismo, coisa que encontramos referências de outros pensadores, que acusam que o aprendizado da bandidagem nasce no ambiente doméstico e seus arredores, mas fora da escola!

Em 1965, frequentei uma escola do município de Viamão, que deve ter sido forjada num sistema bem pitoresco, onde na mesma sala de aula e no mesmo horário funcionavam segundo, terceiro e quarto anos primários. Não havia luz elétrica, água encanada e vidros nas janelas que davam para o corredor. A mesma professora desempenhava as atividades de professora das três turmas concomitantemente, diretora, secretária e servente.

Dos colegas que lembro, nenhum aderiu ao crime contumazmente, não tanto pela escola, mas pelas famílias. A escola conseguiu nos passar conhecimentos e motivação, muito mais pela habilidade da professora, do que pelo modelo de ensino apregoado por qualquer um dos filósofos da educação.

Claro, que hoje com o acesso massivo à informação, exige-se a visão do sabiá e não mais a da minhoca. Calma, eu explico, a visão da minhoca se restringe ao cone que a circunferência da entrada da toca, permite que se abra na direção do céu, já a do sabiá reúne a de todas as tocas, permitindo que ele escolha a minhoca mais rechonchuda, em segundos, pela prática de milhares de anos, coisa que não aconteceu automaticamente na transição do ensino hierárquico, de um para todos, pelo linear onde todos podem desenvolver seu método, assim, de longe me parece, pelo menos no ensino público, que todos são sabiás tentando caçar suas minhocas, numa noite de lua Nova, mesmo que os sabiás não sejam aves de hábitos noturnos, então o ensino piorou ao invés de melhorar!