PRIMEIRA AVENTURA DE MOTO
Minha primeira aventura de moto, eu até poderia dizer que não foi uma aventura, ou talvez fosse uma aventura para o ano de 1978, quando eu participava de um bando de motos composto por dois motoqueiros, eu e o outro. É naquela época não se dizia motociclista, pois é ganhamos uma promoção, e agora somos “motociclistas”. Dizem que é para nos diferenciar dos moto-boys, que a meu ver são eles os verdadeiros motociclistas, que enfrentam e às vezes beijam os asfaltos da cidade. Aqueles nossos asfaltos que para enfrentá-los, temos que ter habilidades múltiplas e muitas tolerâncias.
Recém tinha feito um texto sobre o motociclismo que acabei enviando para alguns diferentes, ou seja, motociclistas e um deles que ainda esta sobrevivendo ao motociclismo, claro agora ele passou a ser Jipeiro me respondeu. – Tu te lembra Neri daquela nossa aventura acontecida lá pelos anos de mil novecentos e setenta e alguma coisa - sim lembro e foi uma ótima lembrança e vou contar essa história como nós a vivemos:
Era um sábado, e novamente vou ter que repetir um Sábado que estava convidando todo o mundo a sair da sua toca e curtir o ar livre. Era no ano de 1978. Então nós com nossas potentes máquinas, o Cesar com a sua Yamaha LS 100. Eu disse 100cc e não 1000 cc, e eu com a minha Honda CG 125, nascida em 1977, recém-lançada no mercado Brasileiro, e o César ainda lembrou que a minha moto era de cor laranja com listas pretas. Era isso mesmo. Vale lembrar que a partir de 1977, eram proibidos motos importadas de maior cilindradas, e as 125 era só o que desfilavam, e por muitos anos.
Subimos nas nossas motos que para nós era o máximo que a gente podia apresentar, com aqueles sorrisos de orelha a orelha, e partimos a estilo Easy Rider, numa versão mais reduzida, nos exibindo para uma parte do mundo com as nossas motos roncando os motores monocilíndricos, e rumamos para as bandas de Novo Hamburgo, e era por ali que teríamos que encerrar nossa grande aventura, mas alguém deve ter dito para alguém, quem sabe nós vamos um pouco mais adiante, e não deu outra. Seguimos alguns quilômetros e começamos a curtir as sinuosas curvas, e o César quando ia à minha frente, deitava a moto para a esquerda e as vezes para a direita, e de repente sumia numa reta, e paramos em algum lugar, não importa a onde, pois o motociclista, curte é a estrada, sem se importar o destino. Na nossa parada, conversamos e novamente alguém disse para alguém, quem sabe a gente vai até Gramado e Canela. É mas com esse frio, e quanto de dinheiro nós temos, será que vale a pena – claro que vale, ou nós somos motoqueiros, ou pensamos que somos – antão somos e pé na estrada, curtimos um frio, danado, mas um frio que não iria interromper a nossa, e que para nós era uma grande aventura.
E nós os garotos do asfalto para uma aventura não planejada, chegamos a Gramado quase anoitecendo. Fizemos as nossas visitas turísticas tanto em Gramado como em Canela, e resolvemos que iríamos pousar, pois voltar à noite e com serração, não estava em nossos planos. Procuramos, até encontrarmos uma pousada das mais baratas, acho que foi na zona, (do meretrício) fizemos as contas e concluímos que teríamos dinheiro para pagar o pernoite, adiantado.
Ao levantarmos, prontos para batemos em retirada, contamos os tostões ainda sobrados, e depois de colocarmos gasolina nas motos, resolvemos gastar o resto numa cafeteria. Será que a nossa grana dá? – acho que dá, e se não der nós lavamos os pratos. hahaha. – Nos sentamos bem acomodados e pedimos o desjejum que achamos que merecíamos. E lá veio um belo desjejum, bem acompanhados – e um deve ter dito para o outro – acho que o dinheiro, não vai chegar, mas não íamos devolver aquele café, vamos nos deliciar e depois a gente vê como fica. Em 1978 não era muito que nos foi oferecido, e nós não tínhamos o dinheiro para pagar o total da conta, e hoje nos é oferecido tanta comilança num café colonial e nós temos o dinheiro, mas não devemos comer todas as coisas boas, mas que ao mesmo tempo são ruins para a vida saudável, e é o que pagamos ou deixamos de pagar pela nossa saúde. Coisa do nosso mundo atual.
Barrigas cheias fizemos o sinal para o garçom que era o próprio dono do boteco. Hei, por favor, a conta. Olha só a nossa gentileza. Quando ele apresentou os números da nossa dívida, nós com caras de espanto abrimos os bocós, retiramos todos os níqueis somados, colocamos em cima da mesa, e falamos, é tudo o que nós temos, se quiser a gente lava os pratos? – O dono olhou para nós com cara também de espanto, achou inicialmente que se tratava de uma brincadeira, pensou e sentiu que éramos do bem, e disse: Bem o saldo que vocês vão ficar devendo, deixo como cortesia, quem sabe da outra vez quando vocês motoqueiros vieram para estas bandas e mais folgados financeiramente e busquem o meu restaurante e paguem a conta por inteiro. Huaa, Não precisamos lavar as louças. Subimos nas nossas motos, demos uma acelerada e uma buzinada, como um brinde pela nossa bem concluída primeira aventura de motos.
Recém tinha feito um texto sobre o motociclismo que acabei enviando para alguns diferentes, ou seja, motociclistas e um deles que ainda esta sobrevivendo ao motociclismo, claro agora ele passou a ser Jipeiro me respondeu. – Tu te lembra Neri daquela nossa aventura acontecida lá pelos anos de mil novecentos e setenta e alguma coisa - sim lembro e foi uma ótima lembrança e vou contar essa história como nós a vivemos:
Era um sábado, e novamente vou ter que repetir um Sábado que estava convidando todo o mundo a sair da sua toca e curtir o ar livre. Era no ano de 1978. Então nós com nossas potentes máquinas, o Cesar com a sua Yamaha LS 100. Eu disse 100cc e não 1000 cc, e eu com a minha Honda CG 125, nascida em 1977, recém-lançada no mercado Brasileiro, e o César ainda lembrou que a minha moto era de cor laranja com listas pretas. Era isso mesmo. Vale lembrar que a partir de 1977, eram proibidos motos importadas de maior cilindradas, e as 125 era só o que desfilavam, e por muitos anos.
Subimos nas nossas motos que para nós era o máximo que a gente podia apresentar, com aqueles sorrisos de orelha a orelha, e partimos a estilo Easy Rider, numa versão mais reduzida, nos exibindo para uma parte do mundo com as nossas motos roncando os motores monocilíndricos, e rumamos para as bandas de Novo Hamburgo, e era por ali que teríamos que encerrar nossa grande aventura, mas alguém deve ter dito para alguém, quem sabe nós vamos um pouco mais adiante, e não deu outra. Seguimos alguns quilômetros e começamos a curtir as sinuosas curvas, e o César quando ia à minha frente, deitava a moto para a esquerda e as vezes para a direita, e de repente sumia numa reta, e paramos em algum lugar, não importa a onde, pois o motociclista, curte é a estrada, sem se importar o destino. Na nossa parada, conversamos e novamente alguém disse para alguém, quem sabe a gente vai até Gramado e Canela. É mas com esse frio, e quanto de dinheiro nós temos, será que vale a pena – claro que vale, ou nós somos motoqueiros, ou pensamos que somos – antão somos e pé na estrada, curtimos um frio, danado, mas um frio que não iria interromper a nossa, e que para nós era uma grande aventura.
E nós os garotos do asfalto para uma aventura não planejada, chegamos a Gramado quase anoitecendo. Fizemos as nossas visitas turísticas tanto em Gramado como em Canela, e resolvemos que iríamos pousar, pois voltar à noite e com serração, não estava em nossos planos. Procuramos, até encontrarmos uma pousada das mais baratas, acho que foi na zona, (do meretrício) fizemos as contas e concluímos que teríamos dinheiro para pagar o pernoite, adiantado.
Ao levantarmos, prontos para batemos em retirada, contamos os tostões ainda sobrados, e depois de colocarmos gasolina nas motos, resolvemos gastar o resto numa cafeteria. Será que a nossa grana dá? – acho que dá, e se não der nós lavamos os pratos. hahaha. – Nos sentamos bem acomodados e pedimos o desjejum que achamos que merecíamos. E lá veio um belo desjejum, bem acompanhados – e um deve ter dito para o outro – acho que o dinheiro, não vai chegar, mas não íamos devolver aquele café, vamos nos deliciar e depois a gente vê como fica. Em 1978 não era muito que nos foi oferecido, e nós não tínhamos o dinheiro para pagar o total da conta, e hoje nos é oferecido tanta comilança num café colonial e nós temos o dinheiro, mas não devemos comer todas as coisas boas, mas que ao mesmo tempo são ruins para a vida saudável, e é o que pagamos ou deixamos de pagar pela nossa saúde. Coisa do nosso mundo atual.
Barrigas cheias fizemos o sinal para o garçom que era o próprio dono do boteco. Hei, por favor, a conta. Olha só a nossa gentileza. Quando ele apresentou os números da nossa dívida, nós com caras de espanto abrimos os bocós, retiramos todos os níqueis somados, colocamos em cima da mesa, e falamos, é tudo o que nós temos, se quiser a gente lava os pratos? – O dono olhou para nós com cara também de espanto, achou inicialmente que se tratava de uma brincadeira, pensou e sentiu que éramos do bem, e disse: Bem o saldo que vocês vão ficar devendo, deixo como cortesia, quem sabe da outra vez quando vocês motoqueiros vieram para estas bandas e mais folgados financeiramente e busquem o meu restaurante e paguem a conta por inteiro. Huaa, Não precisamos lavar as louças. Subimos nas nossas motos, demos uma acelerada e uma buzinada, como um brinde pela nossa bem concluída primeira aventura de motos.