Angelina Jolie
STAVA, antes da pandemia, num café de um mercado público aqui do Recife, tomando um expresso e assuntando a maçaranduba do tempo quando de repente um grupo de pessoas ocupou duas mesas à minha frente. Notei que eram todos muito amigos e alegres, pessoas sem dúvida do interior como eu mesmo. Pediram ogo cafés, bolos, tapiocas, mas alguns pediram doses do Professor (Theatchers, o preferido do sertão, eu gosto dele). Dentre eles havia uma mulher muito simpática que era a port-estandarte do grupo, mexia com todos, era a musa. Estava no finzinho do expresso mas pedi logo outro e uma dose do Professor, queria ouvir parte da animada conversa. O papo versou naturalmente par as reminiscências, causos, piadas. Tudo conduzido pela musa.
Mas em determinado momento ela inventou de perguntar à galera o que eles acharam mais bonito na vida. Ela ficou com um luar do sertão quando trocou o primeiro beijo com o namorado, outros se dividiram, um foi o mar, ouro a cachoeira de Paulo Afonso, o nascimento de um filho, casamento... Ficou faltando um, o mais caladão. Então a musa perguntou: - E tu, bicho do mato, o que achasse mais bonito na vida. O caladão tomou o resto da dose do Professor e mandou ver: - O que eu achei mais bonito na vida foi no cinema, foi a boca de Angelina Jolie. Quiseram rir, mas a musa impediu. Sabia que er verdade. O cara era fascinado pela boca de Angelina Jolie. Fui embora. Inté.