A IMAGEM DO POETA

A IMAGEM DO POETA

No decorrer de nossa passagem pela terra, passamos por modificações: físicas, sentimentais e o espaço que ocupávamos parecia diminuir à medida que crescíamos.

Quando éramos crianças, tudo parecia tão grande! A casa onde habitávamos era um casarão, os jardins eram enormes, onde podíamos passar dias inteiros, fazendo nossos piqueniques, sem medo, sem recomendações dos nossos familiares, que nos deixavam livres, leves e soltos para viver a vida, usufruindo dela, com toda a magia de uma infância feliz.

Levantávamos cedinho e o sol demorava a desaparecer no horizonte.

Tudo era alegria, expectativa e sonhávamos como gente grande.

A imagem que fazíamos dos mais velhos, dos idosos, dos mestres, dos poetas era como já tivessem seus cabelos brancos, olhar penetrante e dialogo amigo e fraterno.

Fomos crescendo, adaptando-nos e convivendo com as mudanças pacificamente, como a chegada da noite, após um dia tranqüilo, feliz e alvissareiro.

Agora, já convivemos com idosos, com nossos mestres, com poetas e misturam-se conosco, como se fôssemos da mesma idade.

Somos uníssonos: plantamos as sementes da vida e na era do conhecimento procuramos fazer a colheita do futuro.

É o mundo girando, na roda fantástica

da vida.

Curitiba, 12/11/2007.

Dinah Lunardelli Salomon

Hanid
Enviado por Hanid em 13/11/2007
Código do texto: T734831
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.