Ficção x Realidade - BVIW

Minha adolescência transcorreu entre o fim dos anos 1950, os chamados Anos dourados e o início dos anos 1960. Época romântica, em que os filmes vindos de Hollywood eram uma espécie de continuação dos contos de fada, o “The End” substituindo o “foram felizes para sempre”.

Tenho memória fraca para cinema, títulos de filme, embora o cinema fosse a diversão semanal da minha adolescência.

Lembro-me de um filme a que assisti com minha mãe, mas não me lembro do título nem dos atores. O enredo falava do amor entre uma jovem americana e um jovem japonês que havia ido estudar nos EUA. O grande conflito do filme era a decisão que a jovem teia que tomar: se quisesse se casar com o rapaz, teria que ir viver no Japão. Sendo Hollywood como era, o óbvio era o casamento e a mudança de vida. Talvez oque realmente me tenha marcado, foi o comentário de minha mãe: “com um homem bonito desses, até eu...”

Como teria sido a vida da jovem, lá do outro lado do mundo? Quanto sofreu para se adaptar a uma cultura tão diferente da sua? Quanto esforço para aprender o idioma? Que conflitos vive? Que barreiras teve que ultrapassar? Como tudo isso repercutiu na relação conjugal? Ah! Isso é uma história que fica para uma outra vez...

Certos estavam nossos avós, que diziam que para se conhecer uma pessoa, é preciso comer um quilo de sal com ela.

Entre ficção e realidade, prefiro encara a realidade.

Lu Narbot

Tema: Relações Conjugais no cinema