NEM UM, NEM OUTRO, NEM AQUELOUTRO
Há uma metáfora muito conhecida que faz a seguinte indagação, diante da figura de um copo com água até a sua metade:
“Este copo está meio cheio, ou meio vazio?”
Objetivam-se, com isso, refletir sobre as percepções antagônicas acerca de um mesmo estímulo.
Aqueles que dizem enxergar o copo “meio cheio”, são tidos como Otimistas.
Já aos que veem a figura de um copo “meio vazio”, atribuem-se o rótulo de Pessimistas.
Note-se que a pergunta só admite uma alternativa: sendo uma, não é a outra e vice-versa.
Será que não haveria mesmo outra(s) percepção(ões) e ou ponderação(ões) possível(eis)?
A vida real requer de nós um olhar mais abrangente.
Toda polarização deixa de levar em conta o que há no intermédio, entre um polo outro. E, muitas vezes, é nesse intervalo que está o cerne da questão.
Fico tentado a sugerir que exista um outro perfil a se considerar: o Realista. Nesse perfil estariam os que têm o dom de enxergar os fatos e as coisas, “como de fato são”.
"como de fato são":
- quem tem o poder sobre-humano da resposta?
- quem é o dono da verdade?
- baseado em quais parâmetros?
- que “régua” valida esse conceito?
- etc.
Nota-se que sempre há espaços para um novo olhar, para novas reflexões, para novos debates.
Concorda?