DÚVIDAR DAS COISAS

Questionar faz parte do aprendizado consciente, somente os adestrados como algoritmos subalternos repetem ordens de hierarquias superiores negando o livre pensar. Liberdade de expressão não é propagar ideologia politica que não prega nada sem jabá, e que hoje infestam como pragas grupos de mídia e redes sociais, o nome disso é panfletagem politico ideológica regiamente recompensada pelo capital para promover novos serviçais do Deus Mercado. Os novos ditadores são os algoritmos cibernéticos que idolatram o sistema nas redes sociais e seus miquinhos adestrados animando programas de rádio e TV.

“Sem dúvida, se duvido é porque penso”, já ensinava Renée Descartes no longínquo século 17 quando só senhores feudais e seus vassalos repercutiam opiniões assim como hoje o agro com seus breganejos ídolos.

Existe lógica na certeza que tudo que nasce também morre, e movida nesta crueldade optamos valorizar e duvidar das coisas, pois a certeza de hoje é a incerteza do amanhã, viver é um presente feito de presente.

Quando rememoramos o passado ou sonhamos com futuro na realidade estamos gastando presente, pois o conhecimento humano se alimenta exponencialmente do tempo, moeda inviolável da vida.

Tudo se compara e a todo momento substituímos novos padrões comparativos se estamos em crescimento, porque assim funciona a lógica das conexões de nossos neurônios, a verdade ou mentira são ideais criadas por mentes humanas e isto é melhor do que viver conservadoramente “com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar”, portanto para não aprofundar num assunto infindável aceite que o sábio duvida, testa, experimenta, é empírico, enquanto os tolos são cheios de certezas, fé cega, faca amolada, porque assim caminha o restante como manada.