Carnaval

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Enfeitar-se, pintar o rosto, os cabelos, e sem para de beber, vai dançar no carnaval, seguir as avenidas da vida, deixar livre os gestos, vozes soltar os gritos! Ah fúlgido alento saciando alguns desejos esquisitos, sentimentos presos no fundo da essência sem sabor, perdidas expressões, rostos e lenços aos ventos...

Quando tudo acabar, quando a euforia passar e as ruas estiverem sujas e vazias, vontades extravasadas, a alma voando para longe e o corpo triste sentado na calçada, sem rumo, pensando na vida... restos de ilusões acompanharão a sua memória que, encontra-se tonta e coberta de serpentinas, são os confeites da tristezas que não ficarão presas na esquina. Ela lhe seguirá, faz parte do carnaval, do vendaval, do temporal, onde a alegria termina e a alma sofre, padece, fica mal.

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Alma campestre
Enviado por Alma campestre em 20/09/2021
Reeditado em 04/04/2025
Código do texto: T7346605
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