"PARA MELHOR CONHECER AS PESSOAS"
Em um vídeo no Youtube sobre os cuidados que devemos ter ao idealizar o outro sob a ótica da empatia dr. Flávio Gikovate nos mostra o perigo da imaginação ao análogo.
"Existe uma tendência das pessoas de imaginar que a empatia é você se sair de dentro de si e se colocar no lugar do outro e tentar imaginar o que o outro está sentido aquelas coisas que estão acontecendo com ele,mas na realidade a gente precisa tomar um enorme cuidado com isso porque muitas vezes a gente leva a alma da gente para o corpo do outro. E na verdade o outro é o outro, não é exatamente a mesma pessoa, e, portanto,muitas vezes quando a gente imagina que o outro está sentido a gente na verdade está se colocando quase que como um espelho da gente mesmo, portanto, alguém que a gente projetou que a gente queria naquela condição naquele contexto sem levar em conta as reais características daquela pessoa que muitas vezes é uma característica divergente da nossa,então essa coisa da gente se colocar no lugar do outro levando a gente para dentro da outro está sujeito a uma margem de erro e é muito equivocado no sentido de que a gente usa a gente como referência da maneira do ser do outro, e, portanto, a gente se coloca ai como o padrão de eficiência e qualidade e assume que o outro é sempre parecido com a gente, que não é verdade,as pessoas possuem peculiaridades, então o melhor jeito é a gente não se colocar dentro do outro.
Dr. Gikovate recomenda para não cairmos na armadilha da idealização ele recomenda as seguintes dicas:
prestar atenção nos atos do outro, no modo como se comporta diante das circunstâncias na sua forma de reagir nas expressões faciais, nas coisas que eventualmente indique as emoções, prestar atenção no jeito,nos sentimentos, tentar ser um hacker, imaginando como deveria ser se fosse parecido com a gente.
Sábias palavras do Dr. Flávio Gikovate, eu ingênuo, idealizava a empatia como se fosse uma relação de duas vias, um encontro perfeito entre dois seres. Conhecendo e aprendendo para cada vez mais me distanciar e só observar as pessoas que me rondam.