Seleção Natural
Recentemente, na Universidade durante uma live cujo tema era “as novas tecnologias e o mercado de trabalho” (basicamente o objetivo era analisar os ganhos e prejuízos que a inserção de novas tecnologias, como os caixas de autoatendimento de supermercados, por exemplo, traz aos empregados) causei frisson meio sem querer quando fiz uma pequena explanação do que penso e usei o termo Seleção Natural; até hoje muita gente – e bota muita gente nisso – teme Darwin.
O que eu tentei dizer foi que a “as novas tecnologias que surgem no mundo a cada instante são evidentemente um caminho sem volta e graças a Deus por isso”. Todo mundo que diz ter saudade do tempo antigo na realidade adora o progresso atual. Pessoas que descobrem o Youtube, só pra citar uma plataforma, e que até então viviam desconectadas, se apaixonam de imediato e não largam mais.
A lamparina era uma maravilha até surgir luz elétrica.
A máquina de datilografia, idem; até surgirem os notes, PCs e tal.
E o que não dizer da fita cassete?
Não disse na live e jamais diria o que pensaram que eu disse. Longe de mim! Sou radicalmente contra extremismos seja de direita ou de esquerda, ideologias que pra mim são a mesmíssima coisa e a única ambição de quem as preconiza é atingir o poder pelo poder e dele não se desvencilhar jamais.
Quando falei em Seleção Natural não foi no sentido de deixar pra trás os menos capacitados seja em qualquer sentido – financeiro, técnico, QI ou o que for. Foi apenas a constatação que isso irá acontecer naturalmente e caberá a todos que têm condições ou disponibilidade para isso, sejam governantes ou apenas pessoas que gostam de participar da evolução do mundo oferecer condições para que o maior número possível de pessoas possam acompanhar essa evolução.
Citando um exemplo prático, real: fiz um trabalho para uma grande empresa onde por anos a fio as pessoas empurravam pesados fardos e cada vez que ouviam falar em automatização do processo tremiam de raiva, morrendo de medo do desemprego, matavam-se ergonomicamente. Bom, com o tempo, ocorreu a tão temida automatização, a maioria “dos empurradores de fardos” foi realocada, se desenvolveram, passaram a aplicar novos – e tecnológicos – métodos de trabalho e, a partir daí, tremiam e raiva quando alguém relembrava o método antigo, ainda sentiam saudade sim, mas do dia que acabou o sofrimento diário.
A vida é pra frente e o novo está aí pra quem quiser vivenciar isso.