Amar...Odiar...Julgar...

Eu amo, tu amas, ele ama...
Nós odiamos,
Eles julgam...Não...
Nós julgamos...nós odiamos...nós amamos...

Assim é a vida. Conjugamos o verbo amar, odiar, julgar a todo o momento. Somos juízes de todos, quando na verdade deveríamos era sermos juízes de nós mesmos.
Certa vez, alguém me disse que duas forças nos movem para que alcancemos nossos objetivos: o amor e o ódio.
O ódio gasta a lentidão das horas e sofre por não ser amor.
Ele ri das dores que a vida chora e por isso padece e exterioriza um amontoado de sentimentos e sensações confusas e reativas, abrangendo fatos de muitas ocasiões. Não há relaxamento posterior.
O ódio não se esvai com o passar do tempo, apenas se desloca de um motivo a outro, de uma criatura a outra.
Não há riso, há fel. E o fel consome energia, empobrece as relações. Nos prendemos voluntariamente a nosso desafeto, perdemos a coerência. Ficamos masoquistas nos autoflagelando, todos os dias, pela lembrança do passado. Odiamos, não queremos ver, porém não deixamos de pensar no outro, carregando-o nos ombros e na idéia. Atribuímos-lhe força e poderes, pois tudo de ruim que acontece é por obra e graça desse odioso ódio.
Do ódio ao julgamento é um passo...
Também já ouvi que a razão pela qual algumas pessoas acham tão difícil serem felizes é porque estão sempre a julgar “o passado melhor do que foi, o presente pior do que é e o futuro melhor do que será”.
E o que é pior, julgamos ações pelo prazer ou dor que nos causam.
Penso que enquanto julgamos não nos sobra tempo para amar...


 
Augusta Schimidt
Enviado por Augusta Schimidt em 16/09/2021
Código do texto: T7343801
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