Eclipse

Nua em seu trono, o ego majestoso curvou-se diante da espada. Era a arma perfeita, forjada para a sua alma livre, bela como em seus sonhos.

A noite a trouxe como um presente, inebriante, violento, uma onda que atravessava os poros da pele, irresistivelmente dominante.

Ela estava em chamas, aquele ser cantante tinha vício em seus olhos, cada movimento era sagrado, e seu ritmo incansável cobriu o sol.

Criatura fascinante, te ouço em toda parte, no silêncio, no escuro, até na minha própria voz. Seus trajes são invisíveis mesmo lá fora, as senhoritas perderam o encanto, sou eu que estou vendada, e o nosso tempo cabe dentro de uma agulha.

Um eclipse tão esperado, o antigo foi deposto quando a vi, era como um íman movimentando os meus ossos. A sede me afogava prazerosamente, enquanto meus instintos me traiam no efeito frenesi.

Lu Veríssimo Art
Enviado por Lu Veríssimo Art em 14/09/2021
Código do texto: T7342450
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